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Arlindo e Zeca: Sapucaí tem homenagem a sambistas neste domingo

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Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro vão começar, neste domingo (19), com tributos a duas figuras emblemáticas e queridas do samba carioca: Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho.

O Império Serrano será a primeira escola a desfilar, e trará a homenagem ao compositor e cantor de sambas icônicos Arlindo Cruz. Entre suas obras mais famosas está a canção Meu Lugar, em que o sambista exalta o bairro de Madureira, terra natal da verde e branco, que ainda é citada na letra da música.

O carnavalesco Alex de Souza é o responsável pelo desenvolvimento da homenagem, que marca a volta do Império Serrano ao Grupo Especial, depois de ter sido campeão da Série Ouro.

“O desfile conta a trajetória musical de como ele se transformou nesse grande compositor e intérprete”, explica Souza. “Mostramos, a partir da música Meu Lugar, tudo que é relacionado à história dele. Os lugares de Arlindo”.

Escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Grande Rio vai trazer Zeca Pagodinho para a avenida. O sambista é famoso por promover churrascos em Xerém, bairro de Caxias, e seu repertório também fará parte do desfile, com versos em referência a hinos como Deixa a vida me levar e Quando a gira girou.

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A cerveja, marca dos shows de Zeca Pagodinho, também não vai ficar de fora do desfile, assim como sua devoção por São Jorge e Ogum, entidades celebradas nas religiões de matriz africana e na Igreja Católica. A trajetória do cantor vai ser contada desde seu passado, quando foi feirante e apontador do jogo do bicho.

Bahia na Sapucaí

A noite deste domingo também terá como grande homenageada a Bahia, presente nos enredos da Unidos da Tijuca e da Mangueira. A Tijuca fará carnaval sobre as águas da Baía de Todos Santos, que banha Salvador, enquanto a Verde e Rosa vem para a Sapucaí com o enredo As Áfricas que a Bahia canta, tratando da ancestralidade negra na terra em que nasceu o samba, que, segundo a Mangueira, “foi morar onde o Rio é mais baiano”.

A Unidos da Tijuca será a terceira escola a entrar na avenida e contará toda a história que se passou na Baía de Todos os Santos, terra dos indígenas tupinambás, da primeira capital do Brasil Colônia, lugar de muita resistência e de uma rica contribuição para a cultura nacional. O samba da escola promete “um banho de axé, para purificar, um banho de axé, nas águas de Oxalá”.

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Já a Mangueira pretende focar na construção da musicalidade e das instituições carnavalescas negras, processos que tiveram protagonismo de mulheres negras nas lutas contra intolerância, racismo e pelo fortalecimento da identidade afrobrasileira. A história do carnaval e a trajetória de luta por dignidade e direitos antes e depois da abolição se misturam no desfile e chegam aos blocos afro da atualidade.

O Salgueiro também atravessa a Marquês de Sapucaí no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial e traz sua cor em destaque no enredo Delírios de um Paraíso Vermelho, que fala sobre liberdade e imagina os tambores de sua bateria substituindo as trombetas do apocalipse na chegada de um paraíso sem culpa e moralismos. O desenvolvimento do tema fica a cargo do carnavalesco Edson Pereira, que preparou um desfile com referências religiosas, como a maçã de Adão e Eva, vermelha, e imagina um novo Éden, em êxtase, como uma interminável noite de carnaval.

Confira o horário em que cada desfile começa:

Império Serrano: 22h

Grande Rio: 23h

Mocidade: 0h

Unidos da Tijuca: 1h

Salgueiro: 2h

Mangueira: 3h

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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