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Mocidade Alegre é a campeã do carnaval 2023 de São Paulo

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A escola de samba Mocidade Alegre foi a grande campeã do carnaval 2023 de São Paulo. Em segundo lugar ficou a Mancha Verde e, em terceiro, a Império de Casa Verde. O resultado, que garantiu o 11° título para a escola, inverte a definição da apuração do ano passado, quando a Mancha se sagrou campeã e a Mocidade ficou em segundo.

A apuração das notas do desfile ocorreu na tarde desta terça-feira (21), no Sambódromo do Anhembi, na zona Norte da capital paulista. A representante do bairro do Limão, encantou público e jurados contando a história do samurai negro Yasuke.

Samurai negro

A Mocidade entrou na passarela, no último sábado (18), para cantar e contar a vida de Yasuke, guerreiro que alcançou o posto de samurai sob o domínio de um poderoso senhor feudal japonês do Século 16 – Oda Nobunaga. Foi sobre a história de vida desse guerreiro negro que a Mocidade Alegre desenvolveu seu enredo.

Na avenida, a escola traçou um paralelo entre o Japão e a África. O samba mostrou o samurai em armadura preta, para enfrentar guerrilhas e adversidades cotidianas do mundo contemporâneo, como o preconceito racial. Ao longo do desfile foi mostrado, ainda, os desafios de Yasuke em se tornar um samurai. Um dos carros retratou um templo samurai e as tradições religiosas e culturais do Japão, estampadas nos carros e alegorias.

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11 títulos

A escola Mocidade Alegre é a recordista de títulos do carnaval paulista. Tem 11 no total. Este último chegou depois de um jejum de nove anos. A Mocidade foi campeã do Grupo Especial nos anos de 1971, 1972, 1973, 1980, 2004, 2007, 2009 e 2012, 2013, 2014 e 2023.

Mancha Verde

A Mancha Verde, escola vice-campeã, entrou na avenida com o enredo Oxente – Sou Xaxado, Sou Nordeste, Sou Brasil. Ela mostrou as culturas e tradições do sertão pernambucano no passo do xaxado, a dança comemorativa de vitória das batalhas de Lampião e seu bando. O ritmo foi popularizado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Império de Casa Verde

A Império de Casa Verde, terceira colocada, exaltou o batuque e os tambores como expressões de religiosidade, tradição, cultura e musicalidade vindos da África à Casa Verde, reduto de sambistas.

O samba enredo Império Dos Tambores — Um Brasil Afromusical levou para a avenida uma viagem aos sons e tradições africanas e surpreendeu com a comissão de frente, ao mostrar o parto de um bebê quase real surgido da flor de Baobá, e o rito musical que envolve esse nascimento.

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Rebaixadas

As escolas de samba Estrela do Terceiro Milênio e Unidos de Vila Maria, as duas com as menores notas – ambas com 269,1 pontos- foram rebaixadas para o Grupo de Acesso em 2024. A Terceiro Milênio, que estreou no Grupo Especial este ano, ficou na última colocação pelos critérios de desempate.

Edição: Nélio Neves de Andrade

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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