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Festival Visões Periféricas começa dia 2 de março de forma híbrida
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Começa na próxima quinta-feira (2) a 16ª edição do Festival Visões Periféricas, de forma híbrida – nos formatos presencial e online – e gratuita para todo o Brasil. O festival é uma plataforma de difusão de filmes de curta, média e longa-metragem e de desenvolvimento de projetos audiovisuais produzidos nas periferias brasileiras.
A exibição presencial será de 2 a 6 de março nos cinemas Estação Net Rio, Estação Net Botafogo, Cine Teatro Eduardo Coutinho (Biblioteca Parque Manguinhos) e CineCarioca Nova Brasília, todos no Rio de Janeiro. Os filmes da Mostras Fronteiras Imaginárias, Panorâmica e Visorama serão exibidos no site do Visões Periféricas, nos dias 7 e 8 de março. Nesses dois dias, a competição será online, com votação dos internautas.
O festival realiza também este ano a Mostra Itaú Cultural Play, com exibição de dez filmes, entre longas e curtas-metragens, totalmente de graça, para todo o Brasil, no site do Itaú Cultural.
Considerado vanguardista por ter sido o primeiro festival no Brasil a oferecer ao público a sua exibição em formato híbrido, em 2014, o Visões Periféricas é pioneiro, também, em privilegiar, por meio de sua curadoria e temática, filmes produzidos por realizadores que vivem nas periferias do país.
Filmes
Este ano, o festival exibirá, ao todo, 78 filmes de longa, média e curta-metragem, distribuídos nas mostras Fronteiras Imaginárias, incluindo filmes de até 30 minutos, produzidos por realizadores independentes de todo o Brasil; Cinema da Gema, com filmes de até 30 minutos produzidos no estado do Rio de Janeiro; Panorâmica, com filmes com duração de pelo menos 40 minutos (média e longa metragens); Visorama, contendo filmes de até 15 minutos, produzidos em projetos de formação audiovisual no ensino básico e médio ou projetos do terceiro setor, na Mostra Homenagem e na Mostra Itaú Cultural Play, além dos longas de abertura e de encerramento do festival.
O filme de abertura é A Invenção do Outro, de Bruno Jorge. A sessão será no dia 2 de março, às 19h, no Estação Net Rio (Sala 5). Será a primeira exibição do filme no Rio de Janeiro. O documentário foi o grande vencedor do 55º Festival de Brasília e traz o registro inédito do indigenista Bruno Pereira, assassinado no ano passado, liderando a expedição da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na Amazônia para tentar encontrar e estabelecer o primeiro contato com um grupo de indígenas isolados da etnia dos Korubo, em estado de vulnerabilidade.
A Mostra Homenagem, da edição 2023 do festival, presta, no dia 4 de março, às 19h, no Estação Net Botafogo (Sala 3), homenagem ao cineasta indígena Takumã Kuikuro e à Kaitsu Filmes Produções – Coletivo Kuikuro. Será exibido o filme As Hiper-Mulheres, de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette e Fausto Carlos, com realização de debate após a exibição do documentário, que contará com a presença do cineasta.
As sessões presenciais das mostras competitivas no Estação Net Botafogo contarão com debates com os realizadores, após a sessão.
Premiação
No dia 6 de março, haverá cerimônia e sessão de premiação do festival, às 19h, no Estação Net Botafogo (Sala 1), com exibição do documentário, inédito no Rio de Janeiro, Mandado, de Brenda Melo Moraes e João Paulo Reys, que conta com entrevistas de moradores da Maré e da vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março de 2018, aos 38 anos.
O idealizador do festival e um de seus curadores, Marcio Blanco, disse que os filmes das mostras competitivas serão avaliados por um júri técnico e premiados com troféu, prestação de serviços na área de produção e pós-produção e bolsas de estudos em cursos de audiovisual. O filme com maior votação online por parte do público em cada mostra competitiva será premiado.
Segundo Marcio Blanco, em 16 anos de realização, o Festival Visões Periféricas se consolidou como projeto único e inovador de difusão audiovisual no país e de formação de rede e inserção do jovem realizador de periferia no circuito nacional de festivais no mercado audiovisual.
“O Visões tem o mérito de ter sido o primeiro festival no Brasil a assumir a missão de revelar uma geração de jovens realizadores com origem nas periferias brasileiras”, disse.
O conceito de periferia no festival é abrangente, incluindo filmes de realizadores de comunidades quilombolas, aldeias indígenas, favelas, negros e mulheres. “Além disso, estamos sempre discutindo a periferia a partir dos filmes, selecionando aqueles que trazem um olhar inovador e esteticamente potente”, disse Marcio Blanco.
Laboratório
Além das mostras, o festival promove o Visões Lab, um laboratório de desenvolvimento de projetos de longas de ficção que vão receber mentoria nas áreas de roteiro, direção e produção executiva. Os projetos selecionados este ano, passarão por uma rodada de pitching (exposição clara do projeto a ser vendido) com representantes do mercado. Os projetos vencedores receberão prêmios em dinheiro e prestação de serviço.
Participam da banca as empresas Vitrine Filmes, Elo Company, Globo Filmes, Canal Brasil, Prime Box Brasil, Galeria Distribuidora e Produtora e TêmDendê Produções.
O Festival Visões Periféricas tem patrocínio do Itaú Unibanco, por meio da Lei Rouanet, e apoio da RioFilme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da prefeitura carioca.
Os estados com filmes contemplados nesta edição do festival são Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Paraíba, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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