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POLITÍCA NACIONAL

Entidades defendem criação de centros de assistência integral ao autismo no SUS

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POLITÍCA NACIONAL

Deputados e representantes de entidades da sociedade civil defenderam a aprovação do projeto de lei (PL 3630/21) que cria no Sistema Único de Saúde (SUS) centros de assistência integral ao paciente com transtorno do espectro autista.

O tema foi abordado em audiência pública promovida na quinta-feira (13), na Câmara dos Deputados, pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, em alusão ao Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril.

Autor do requerimento para realização do debate, o deputado Luiz Couto (PT-PB) reforçou o compromisso de trabalhar pela votação da proposta.

“Não descansarei enquanto souber que existe ao menos uma mãe sofrendo pela falta de assistência básica. Todos têm direito a educação de qualidade e saúde que lhe garanta uma evolução satisfatória”, disse. “Para isso, lutarei todos os dias do meu mandato pela tramitação do PL 3630/21.”

Alcance nacional
O diretor-presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB), Edilson Barbosa, lembrou que já existe legislação sobre os centros em alguns estados, mas é preciso pressionar o Poder Executivo para a implementação dos institutos em todo o País.

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Mãe de um autista, Larissa Lafaiete, destacou a importância de se ter um olhar especial para a educação dos autistas e garantir acesso às terapias necessárias.

“A parte mais difícil é sensibilizar o poder público e dizer ‘abrace essa causa com as mães, abrace essa causa com os pais, deem ouvidos a essas mães a esse pais’, pois essas crianças precisam de terapia para mudar a vida, para ter dignidade e direitos humanos”, comentou.

Capacitação
Para combater a desinformação, a Policia Rodoviária Federal criou o projeto PRF amiga do autista. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Dovercino Neto, disse que o objetivo é também capacitar policiais para promoverem um atendimento humanizado.

“Queremos capacitar os nossos colegas policiais para que possam reconhecer um autista em abordagem, em alguma ocorrência e façam o atendimento adequado”, frisou.

Células-tronco
Por sua vez, o projeto A Fada do Dente, desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP), arrecada dentes de leite de crianças com autismo. Com as células da polpa dental, é realizada uma reprogramação celular, transformando-as em células-tronco que são diferenciadas em neurônios. Esse processo permitiu identificar diferenças biológicas nos neurônios com autismo, estudar seu funcionamento e até mesmo testar drogas medicamentosas.

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A escritora e pesquisadora Anita Ribeiro, que é autista e trabalha na iniciativa da USP, destacou que o conhecimento é fundamental para garantir o atendimento  individualizado, conforme a especificidade do paciente.

Tramitação
O PL 3630/21 foi apresentado pelo Senado e altera a Lei Berenice Piana, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Pelo texto, tanto a rede pública quanto as operadoras de planos de saúde privados serão responsáveis por oferecer serviço de acompanhamento psicológico aos pais e aos responsáveis pelo paciente.

Na Câmara, o projeto já foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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