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Goiano bate recorde mundial com peixe pescado em MT: “Surreal”

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Foi em uma aldeia no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, que o goiano Antônio Pedro Molinari, de 26 anos, bateu um recorde mundial pela IGFA (International Game Fish Association) após pescar um peixe da espécie Pirarara de 139 centímetros, em agosto do ano passado.

O sonho do empresário e pescador esportivo de se tornar um holder – alguém que detém um recorde mundial na pescaria esportiva – começou a ganhar traços no início de 2022, durante uma viagem dele a Miami, onde conheceu um dos colaboradores da IGFA. Depois de conhecer os trâmites da associação, o desejo pelo feito inflamou no rapaz.

“Eu peguei um cartãozinho do pessoal do reconhecimento de recordes e falei: ‘Pode ter certeza que vocês ainda vão ter notícia minha, porque estou na água o tempo todo’. Dito e feito… sonhar é o primeiro passo para conquista”, lembra.

“Em agosto tive a oportunidade de pescar em uma região do Xingu. Meu irmão me ligou e disse que o pessoal da aldeia [Morená, no Parque Nacional do Xingu] nos convidou para ficar alguns dias com eles, para organizarmos as coisas e irmos. Então a gente saiu sentido Canarana”, conta Antônio.

“A viagem foi bem longa e cansativa até chegar na beira do rio Xingu. Lá, os indígenas receberam a gente, entramos no barco e seguimos para a aldeia. Quando chegamos, foi só alegria. Todos muito bondosos, extremamente atenciosos… Era uma outra vida”.

Assim, já no final da tarde do segundo dia de pesca, Antônio conseguiu fisgar o animal e, conforme ele, foram entre dois e três minutos de briga até que o peixe, que pesava de 55 a 60 quilos, se cansou e submergiu.

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Vídeos que foram gravados pela mãe do rapaz, que o acompanhava na aventura, mostram a alegria assim que o enorme e colorido animal apareceu na superfície do Xingu.

“Eu estava pescando com isca viva, que é mais comum para pegar peixes predadores, e ele fisgou. Foi uma briga rapidinha, porque é um peixe grande, bem gordo e velho, então ele acaba cansando muito rápido”, relembrou.

“Como eu já tinha em mente o recorde passado, quando vi ele, falei: ‘Caramba! Acho que dá recorde mundial’. A gente encostou na praia rapidinho, deu uma oxigenada nele e colocou na régua de aferição oficial da IGFA. Quando vi que passou muitos centímetros do recorde anterior, foi surreal, inimaginável”.

Depois de todos os registros fotográficos, de filmagem e demais aferições necessárias para que o recorde fosse homologado pela associação internacional, o animal foi devolvido à água. Como frisou o Antônio, a soltura é uma das etapas fundamentais da pesca esportiva.

“Quando cheguei em Goiânia, liguei para um amigo meu, que também é recordista e falei que tinha um peixe que era recorde e ele me auxiliou. Separei todos os registros, deixei tudo revelado e os vídeos salvos em pen-drive, preenchi uma tabela bem burocrática da IGFA com todas informações da categoria do recorde. No meu caso, foi de comprimento”.

A homologação do recorde veio em dezembro.

Planos para novos recordes

Arquivo pessoal

O empresário Antônio Pedro Molinari segura o certificado

A sensação de deter seu primeiro recorde mundial fez Antônio ansiar por mais. Entre os animais citados por ele, estão o Tucunaré-amarelo e o Tucunaré-açu, este último um dos peixes mais cobiçados do Brasil na pesca esportiva.

“Aqui mais próximo de mim tem o Lago Corumbá IV, onde estão as maiores especies de Tucunaré-amarelo. Eu já encontrei [pesquei] com o empate dele algumas vezes, mas isso não resulta numa posição de holder”, explica.

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“Já todas as vezes que viajo para Manaus, tenho em mente que posso encontrar um Tucunaré-açu que pode me dar recorde mundial. Então, estou sempre com meu equipamento de aferição, e sempre vibrando pelo positivo”.

Pesca esportiva, economia e preservação

“A pesca esportiva é o pesque e solte. Você busca um tipo de peixe específico, para poder tirar fotos e depois soltá-lo. Ou seja, não tem intuito de matá-lo. Quando a gente faz isso, ajuda na preservação e também conscientização ambiental. Quanto ao impacto, não adianta falar que não existe. Agora, o que a gente tenta fazer, é diminuir esse impacto o máximo possível”, explicou Antônio.

Segundo o empresário, essa prática, além de preservar o ambiente, também impacta na economia local e traz uma perspectiva diferente às comunidades, que já não dependem somente da pesca predatória para tirar seu sustento.

“Existem rios, como o Araguaia, que há uns anos estava extremamente degradado. Depois de muito tempo, com as leis que foram aprovadas, como a cota zero, a permissão da pesca esportiva de espécies específicas, rio tornou-se referência nacional e mundial com os maiores peixes que a gente tem, tanto de Piraíba quando de Pirarara”.

A IGFA (Internacional Game Fish Association)

A Associação Internacional de Pesca Esportiva (traduzida do inglês) é uma organização sem fins lucrativos, comprometida com a conservação da pesca esportiva e a ética na prática da pesca em geral.

Além disso, é considerada a detendora do mais atual recorde mundial de capturas de pesca por categorias de peixes.

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Kickboxing: a arte marcial que transforma vidas e agora projeta Mato Grosso no cenário nacional

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Com técnica, disciplina e espetáculo, o kickboxing está conquistando cada vez mais espaço entre as artes marciais no Brasil. E agora é a vez de Mato Grosso se tornar protagonista nessa história. No dia 30 de agosto, Cuiabá sediará pela primeira vez um evento 100% profissional da modalidade: o MT Warriors Championship, com apoio do Governo do Estado.

A competição será realizada no Palácio das Artes Marciais Iusso Sinohara, ao lado da Arena Pantanal, com entrada gratuita e uma estrutura de padrão internacional. O evento reunirá 12 lutas profissionais, incluindo duas disputas de cinturão reconhecidas pelas principais entidades da modalidade no Brasil e no mundo: a CBKB PRO (Confederação Brasileira de Kickboxing Profissional) e a WAKO PRO (World Association of Kickboxing Organizations).

Mais do que um torneio, o MT Warriors representa um marco simbólico para o kickboxing em Mato Grosso. É o início de uma nova era para a modalidade no estado, que passa a integrar com força o cenário competitivo nacional. Os três atletas de melhor desempenho na noite conquistarão vaga direta no WGP, o maior campeonato de kickboxing da América Latina.

O que é o kickboxing?

O kickboxing é uma arte marcial moderna que combina técnicas do karatê, boxe, taekwondo, muay thai, resultando em um sistema de combate completo, dinâmico e altamente técnico. Nascido no Japão e nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970, o esporte rapidamente se difundiu pelo mundo, sendo hoje praticado em mais de 100 países.

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Dentro do ringue, o kickboxing exige velocidade, precisão, equilíbrio, estratégia e resistência. Fora dele, oferece disciplina, autoconfiança, foco, respeito e domínio emocional — valores que fazem do esporte uma verdadeira escola de formação física e moral, especialmente para jovens.

“O kickboxing é muito mais do que uma luta. É uma ferramenta de transformação pessoal e social. Com ele, muitos jovens encontram propósito, autodisciplina e oportunidade de crescimento. Esse evento profissional é um divisor de águas para a modalidade em Mato Grosso”, afirma Mateus Wesley Nogueira Noya, presidente da Federação de Kickboxing do Estado de Mato Grosso (FKBEMT).

Esporte com apoio e reconhecimento

Com premiação recorde de R$ 50 mil, o MT Warriors Championship reforça o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento do esporte de alto rendimento em Mato Grosso. A competição será o maior evento da modalidade já realizado no estado, tanto em estrutura quanto em reconhecimento técnico.

Para o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, David Moura, o apoio do governo tem como objetivo democratizar o acesso ao esporte e dar visibilidade a talentos locais.

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“Estamos investindo em estrutura, valorizando os atletas e fortalecendo diversas modalidades. O kickboxing está crescendo no Brasil e Mato Grosso agora faz parte desse movimento. O MT Warriors é o início de um novo ciclo, com mais oportunidades e visibilidade para nossos atletas.”

O evento também marca a reabertura do Palácio das Artes Marciais, que está sendo revitalizado pelo Governo do Estado. O espaço contará com ambiente climatizado, vestiários, arquibancadas, pórtico de entrada, paisagismo e iluminação moderna, reafirmando o compromisso com a qualidade e a segurança das práticas esportivas.

Mato Grosso no caminho da excelência

Além de atletas de Mato Grosso, o MT Warriors contará com competidores do Paraná, São Paulo, Rondônia e Campo Grande, fortalecendo o intercâmbio esportivo entre estados e posicionando Cuiabá como sede de grandes eventos de combate.

“Estamos saindo de um patamar amador para entrar de vez no cenário profissional. Esse evento mostra que é possível, com apoio institucional e dedicação, levar nossos atletas a outro nível”, conclui Mateus Noya.

A pesagem oficial dos atletas será realizada no dia anterior à competição, e a expectativa é de casa cheia, com mais de mil pessoas no Palácio das Artes.

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