MATO GROSSO
Em iniciativa da primeira-dama de MT, Governo e Cuiabá Esporte Clube abrem espaço para autistas assistirem jogos na Arena Pantanal
MATO GROSSO
A seleção dos oito torcedores, mais acompanhantes, foi feita por meio de sorteio a partir dos beneficiários cadastrados na Carteira de Identificação do Autista (CIA), emitida pelo MT Cidadão. Para o próximo jogo, que será realizado no domingo (30) contra o Grêmio, os interessados deverão se cadastrar no link.
Para poder participar do sorteio é preciso ter a Carteira de Identificação do Autista (veja mais abaixo). Beneficiários de todo o estado de Mato Grosso podem participar do sorteio, lembrando que não serão custeados o deslocamento e a hospedagem, tanto do sorteado quanto de seu acompanhante. Apenas serão disponibilizadas as entradas do camarote.
A senadora por Mato Grosso Margareth Buzetti contou que durante sua posse em Brasília, em conversa com o médico Enã Rezende, que é autista, falou-se sobre inclusão, sobre os espaços que faltam para os autistas, e que, a partir daí, conversou com a primeira-dama Virginia Mendes, surgindo então a ideia de entrar em contato com o Cuiabá e garantir um local adequado para que os autistas pudessem assistir os jogos. “Graças a Deus conseguimos realizar. Porque isso é inclusão. É dar a oportunidade deles estarem em um ambiente em que os outros estão, mas com segurança, onde ele pode e consegue estar”, ressaltou a senadora.
“Estou muito feliz que tenha dado certo, quando nos unimos as ideias sempre acontecem, não fazemos nada sozinhos. Acompanhei pelas mídias sociais a alegria das crianças que foram até a Arena, vamos dar continuidade para que outras pessoas possam assistir aos jogos e quem sabe outros tipos de apresentações. Gratidão à senadora Margareth, ao Cuiabá, secretária Grasielle e Dr Enã, vamos sempre fazer o melhor pela inclusão”, disse a primeira-dama de MT, Virginia Mendes.
A secretária interina de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), Grasielle Bugalho, ressaltou o trabalho em parceria entre a Setasc e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por meio da Rede Cidadã, e o Cuiabá Esporte Clube. “Pela primeira vez, estamos oferecendo para as pessoas autistas um espaço, dentro da Arena Pantanal, para assistir aos jogos do Cuiabá. Para nós é uma experiência única, uma forma de divulgar a Carteira do Autista, a importância de se ter a carteira, para que os autistas possam acessar inúmeros serviços. Essa sinergia do Cuiabá oferecendo esse espaço e a gente podendo levar esse trabalho para os autistas é muito importante. Essa iniciativa da senadora Margareth Buzetti, com a nossa primeira-dama Virginia Mendes, será aberta para outras pessoas, para que elas possam ter a experiência única de torcer, de saber como funciona uma arena de futebol. E isso é muito legal”, afirmou a secretária.
Para as mães e pais que acompanharam os pequenos torcedores, o momento foi de gratidão e de felicidade. Fábio Junior Tomaz, pai do Derick, de 4 anos, disse que a iniciativa do Governo do Estado foi uma oportunidade única e muito bem-vinda. “Só posso agradecer. Meu filho está muito feliz. Ele nunca veio ao estádio assistir ao jogo e hoje ele está mostrando para mim um momento de muita felicidade, que acaba me deixando feliz também. Isso está fazendo toda a diferença, com certeza”, afirmou.
Para Tamires Costa de Souza, mãe do Benício de 5 anos, a oportunidade de levar o filho ao estádio veio ao encontro do desenvolvimento dele, do trabalho que está sendo realizado pela terapeuta ocupacional. “Ele começou a se interessar por bola agora. Então, a vinda aqui na Arena casou muito bem. Foi na Copa do Mundo que ele começou a se interessar e ele nunca tinha vindo pessoalmente. Eu fiquei muito surpresa quando me avisaram e gostei bastante pela inclusão que está sendo realizada. Bem surpresa, de verdade”, ressaltou.
Já para o torcedor fanático do Cuiabá, Samuel Ferreira da Cruz, de 13 anos, assistir o jogo do Dourado de dentro do camarote foi muito emocionante. “Eu estou muito feliz, e é uma honra. Eu já tinha assistido o jogo do Cuiabá antes, mas aqui é diferente, é emocionante. Obrigado a todos vocês que me convidaram pra vir”, completou.
A mãe do Samuel, Gleice Nunes Ferreira da Cruz, contou que o filho já havia assistido outros jogos do Dourado, mas da arquibancada e que, assistir do camarote faz toda a diferença. “Os autistas como ele têm pavor de público, de muita gente. Então, com essa parte reservada, trouxe mais segurança para eles e para os pais, que ficam mais tranquilos”, concluiu.
O vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, destacou que promover a inclusão é uma das missões do Cuiabá Esporte Clube. “Quando fomos procurados para esse projeto, aceitamos de imediato. A inclusão é uma das virtudes do esporte, e no Dourado acreditamos que o futebol é para todos. Estamos cada vez mais abertos para iniciativas como essa. Foi gratificante ver as crianças se divertindo, curtindo a Arena Pantanal e torcendo para o Dourado. Já estamos ansiosos para contar com esse apoio nos próximos jogos e vamos trabalhar para recebê-los cada vez melhor. Agradecemos à Setasc pela confiança e por nos procurar para um projeto tão especial”, finalizou o dirigente.
Carteira de Identificação do Autista
O documento, que é uma das bandeiras da primeira-dama, Virginia Mendes, é emitido de forma gratuita pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc) e contém informações específicas e qualificadas da pessoa com o transtorno, o contato de emergência e, caso tenha, informações de seu representante legal/cuidador.
O cadastro da CIA, desde setembro de 2022, é realizado pelo aplicativo MT Cidadão, na modalidade digital e ou física (impressa). O prazo para a emissão da carteira digital é de cinco dias, a contar do envio da documentação via aplicativo, análise e aprovação pela equipe da Setasc. Já para a emissão da carteira física, o prazo será de 30 dias. Para mais informações (65) 98421-4080/(65) 3613-5711 ou o site da Setasc.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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