MATO GROSSO
Clínicas clandestinas para pacientes psiquiátricos são fechadas pela polícia; veja vídeo
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Duas clínicas clandestinas de tratamento de pessoas com transtornos mentais, que funcionavam em barracões de madeira, foram fechadas pela Polícia Civil, com apoio Ministério Público e da Vigilância Sanitária, em operação realizada na quarta-feira (10), em Campos de Júlio (a 553 km de Cuiabá).
Uma mulher de 33 anos responsável pelos locais de ‘tratamento’ foi autuada em flagrante pelos crimes de maus-tratos, exercício ilegal da medicina, expor a perigo integridade física e psíquica de idoso e ministrar drogas culposamente sem a necessidade do paciente.
A operação foi deflagrada após denúncia recebida pela Vigilância Sanitária sobre as casas de tratamento que funcionavam de forma clandestina na localidade conhecida como “Furnas”, zona rural de Campos de Júlio.
O local onde funcionavam as clínicas clandestinas foi identificado, sendo encontrados nas casas sete pacientes em situação de vulnerabilidade com condições precárias de atendimento, além da exploração de mão de obra e graves violações aos direitos humanos.
Os pacientes que residiam nas clínicas que apresentavam condições insalubres, sem os requisitos mínimos para internação e tratamento de pessoas. Foi constatado que o estabelecimento não prestava atendimento médico satisfatório e não contava com equipe técnica multidisciplinar.
A responsável pelas clínicas foi conduzida à Delegacia de Campos de Júlio, onde, após ser interrogada pelo delegado Mateus Almeida Oliveira Reiners, foi lavrado o flagrante. A ação de interdição dos espaços contou com o apoio da Vigilância Sanitária de Campos de Júlio e as investigações dos fatos seguem por meio da Polícia Civil.
O município de Campos de Júlio forneceu suporte, por meio das secretarias de Assistência Social e CRAS, para direcionamentos das vítimas às famílias, sendo garantida a continuidade do atendimento de saúde mental na esfera ambulatorial.
Com informações da Assessoria


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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