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Encontro reúne combatentes de incêndios que atuam em todo Estado para alinhamento das ações na temporada

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O Corpo de Bombeiros Militar realizou o 1º Encontro de Combatentes Florestais do Estado de Mato Grosso, no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O evento, que foi realizado na quinta-feira (25.05) e sexta-feira (26.05), reuniu especialistas no combate ao fogo e discutiu estratégias para 2023, com a apresentação do Plano de Operação da Temporada de Incêndios Florestais.

¿“Reunimos combatentes de incêndios florestais que atuam em todo o Estado, a fim de trocarmos experiências e reforçar o nosso compromisso no combate ao fogo, principalmente durante o período proibitivo. Neste encontro, alinhamos nossas estratégias para garantir que o combate aos incêndios florestais em Mato Grosso em 2023 seja ainda mais efetivo, graças à união das forças de segurança”, destaca o comandante-geral dos Bombeiros, coronel Alessandro Borges.

Participaram combatentes e representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará (CBMPA), Exército Brasileiro, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT) e TCE.

“Acredito que essa iniciativa deva ser replicada em outras instituições. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso ao proporcionar esse encontro demonstra protagonismo e condição de ser referência para o Brasil, ao compartilhar conhecimento sobre o combate de incêndios florestais”, afirma o tenente-coronel Wagner Silva, do CBMPA. Ele está à disposição da Força Nacional de Segurança Pública e comandou a operação de combate aos incêndios no Chile, em março deste ano.

Para este ano, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso conta com 81 instrumentos de resposta: 25 quartéis, 29 brigadas estaduais mistas, 16 brigadas municipais mistas, sete bases descentralizadas e quatro equipes de intervenção para apoio operacional.

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“O combate ao fogo em 2023 irá contar com mais instrumentos de resposta do que nos anos anteriores. Isso é resultado dos investimentos realizados pelo Governo de Mato Grosso, que reforçou nossa corporação com novos equipamentos, viaturas e unidades, como o Batalhão de Emergências Ambientais (BEA)”, explica o tenente-coronel Aires, comandante do BEA.

O comandante-geral dos Bombeiros afirma que a corporação vive o seu melhor momento graças aos investimentos realizados pelo Governo do Estado. Nos últimos anos, foram R$ 70 milhões em recursos entregues para o Corpo de Bombeiros.

“Nossa corporação nunca viu tanto investimento sendo realizado por parte do governo estadual como nesses últimos quatro anos. Esses investimentos são importantes para manter uma estrutura capaz de agir com rapidez e eficiência em ocorrências rotineiras e casos que demandam um olhar mais especial, como os incêndios florestais”, diz.

Para 2023, há também disponíveis seis aeronaves dos Bombeiros e Defesa Civil de Mato Grosso disponíveis para auxiliar no combate aéreo. Secretário adjunto de Proteção e Defesa Civil, César Brum, explica que o uso das aeronaves é essencial para combater os incêndios florestais em locais de difícil acesso.

“As aeronaves, colocadas à disposição pela Defesa Civil, são um esforço de toda a gestão estadual para o combate aos incêndios florestais. Alinhados à atuação em solo dos bombeiros militares, os aviões são uma ferramenta estratégica importante para garantir a eficiência da operação, uma vez que permitem o combate ao fogo também em áreas de difícil acesso”, explica o secretário.

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Mais recursos

Para o combate de incêndios florestais e desmatamento ilegal em 2023, o governador Mauro Mendes anunciou na última segunda-feira o investimento de R$ 77,4 milhões. O recurso teve um aumento de 29% em comparação com o investimento de R$ 60 milhões do ano passado e representa o aumento das ações do Governo de MT para conservar o meio ambiente. O anúncio aconteceu durante a entrega de 110 novos veículos para o Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar e Sema.

Período proibitivo do uso do fogo

A partir de julho, está proibido o uso do fogo para limpeza e manejo de áreas rurais e urbanas em Mato Grosso, conforme o decreto nº 259/2023. O decreto declara situação de emergência ambiental entre maio e novembro, o que possibilita a mobilização de esforços governamentais para a prevenção e combate aos incêndios e as contratações e aquisições necessárias ao período de alto risco de incêndios florestais.

Conforme o documento, foram levadas em consideração as condições meteorológicas do período, com previsão de estiagem, altas temperaturas, umidade relativa do ar baixa e intensos ventos, que favorecem ocorrências de incêndios florestais.¿

Fonte: Governo MT – MT

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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