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Censo 2022 mostra que força do agronegócio impulsionou crescimento do Centro-Oeste

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Os resultados do Censo Demográfico de 2022 trouxeram surpresas significativas: a população do Brasil foi estimada em aproximadamente 203 milhões de habitantes, um número consideravelmente menor do que as projeções anteriores feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, o país apresentou a menor taxa de crescimento populacional registrada em sua história, com um aumento médio de apenas 0,52% ao ano desde 2010. Esses dados revelam uma mudança demográfica significativa no Brasil nos últimos anos.

Mas o que mais chamou a atenção foi a taxa de crescimento regional. Enquanto a taxa anual do Nordeste recuou de 1,07% em 2010 para 0,24% em 2022, por exemplo, o Centro-Oeste (região que mais cresceu) teve uma queda menos expressiva, passando de 1,90% para 1,23%.

No geral os estados com os menores crescimentos ou até quedas na população são, também, os que mais têm passado por dificuldades financeiras; e os estados e regiões com crescimentos mais expressivos têm uma forte ligação com o agronegócio.

O próprio IBGE ainda deve processar mais dados coletados pelo Censo para explicar com propriedade o que justifica a dinâmica da população nos últimos 12 anos. Mas, segundo os especialistas, a principal razão de migração interna é a busca de melhores condições econômicas.

A força do agronegócio – Ao mesmo tempo em que há uma estagnação em alguns estados e regiões, outros registram um crescimento mais expressivo e o grande destaque é o Centro-Oeste, sob forte influência do agronegócio.

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As populações de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul cresceram 20,55%, 14,55% e 12,56%, respectivamente, todas entre as 10 maiores altas do país. Ao todo, a região cresceu 15,86%.

Pires, do Ibmec, destaca que o agronegócio é uma grande força econômica brasileira e relembra que, no primeiro trimestre deste ano, o setor disparou 21,6%, puxando todo o resultado do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) do período.

“Ainda falta olhar para os próximos dados do Censo que serão divulgados, mas já dá para dizer sim que, nos últimos anos, houve uma forte migração para o Centro-Oeste em busca dessas oportunidades com o agronegócio”, afirma.

O professor ainda pontua que “o agro se tornou muito dinâmico” e, além do próprio Centro-Oeste, estados de outras regiões conseguiram se beneficiar dessa influência. “Quando falamos de agro, esquecemos que ele também envolve toda uma cadeia industrial, de processamento, e as exportações”.

Nesse sentido, Pires considera que São Paulo consegue se manter bastante relevante em toda a cadeia econômica — e, consequentemente, atraindo habitantes — porque o estado é “um grande corredor para o agronegócio” e é um espaço com grande conectividade internacional. Santa Catarina vive situação semelhante.

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O IBGE ainda não divulgou os dados do Censo referentes à pirâmide etária da população brasileira, mas Carla, da CM, afirma que já é possível perceber no país uma desaceleração da taxa de natalidade.

De acordo com a economista, isso pode estar ligado, também, aos períodos de crise econômica que o Brasil atravessou, que levam muitas pessoas a optarem por ter menos filhos e adaptarem seus estilos de vidas, mas o principal motivo é a mudança geracional, que trouxe novas perspectivas de arranjos familiares, levando a essa redução da natalidade em todo o mundo.

O maior problema disso, explica, está relacionado à manutenção da previdência social. No modelo atual, as pessoas em idade produtiva trabalham e pagam por quem já se aposentou. Mas, com a queda da natalidade, logo pode haver uma incompatibilidade entre o número de trabalhadores e o número de aposentados.

“Os dados escancaram que o movimento populacional está mudando e acendem um alerta para a sustentabilidade do atual esquema de previdência que temos, já abrem precedentes para uma nova reforma”, comenta.

Fonte: Pensar Agro

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Aprosoja MT Apresenta Propostas ao Governo de MT para a Regulamentação da Lei da Moratória da Soja

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) entregou, nesta segunda-feira (23.12), suas contribuições ao Governo de Mato Grosso para a regulamentação da Lei nº 12.709/2024, em conformidade com o acordo recentemente firmado com o governador Mauro Mendes. A legislação, que busca eliminar barreiras comerciais impostas por empresas que adotam práticas antieconômicas, é um marco importante na defesa da livre iniciativa e no desenvolvimento socioeconômico equilibrado dos municípios de Mato Grosso, com ênfase na redução das desigualdades sociais.

As propostas apresentadas pela Aprosoja MT reforçam os objetivos estabelecidos no inciso I do artigo 2º da lei, destacando a importância de impedir tentativas de manter a Moratória da Soja por meio do artigo 4º. O governador já havia expressado sua preocupação com essa possibilidade e comprometeu-se a garantir que o decreto regulamentador seja claro e abrangente o suficiente para evitar subterfúgios, como a transformação da Moratória em políticas institucionais ou a modulação de restrições por áreas delimitadas, como polígonos ou talhões. A continuidade dessas práticas violaria os princípios constitucionais e as normas da ordem econômica do Brasil.

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Para a Aprosoja MT, essas diretrizes são fundamentais para proteger a soberania das leis nacionais e garantir que os produtores rurais de Mato Grosso não sejam prejudicados por práticas discriminatórias ou arbitrárias.

“O compromisso do governador em assegurar um decreto claro e efetivo renova a confiança dos produtores no fim deste conluio comercial que há tanto tempo prejudica o setor. As contribuições da Aprosoja preveem o respeito ao devido processo legal, ampla defesa e contraditório às empresas, permitindo o atendimento a mercados com demandas específicas sem penalizar o produtor brasileiro que segue rigorosamente as leis nacionais. Nosso objetivo é construir um ambiente econômico justo e sustentável para todos”, afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.

A Aprosoja MT reafirma seu compromisso com a restauração da segurança jurídica para milhares de famílias agricultoras que, após quase duas décadas de abusos econômicos por grandes corporações, agora têm a esperança de dias mais justos e melhores. A entidade acredita que o fim desse acordo trará benefícios para toda a sociedade mato-grossense, promovendo o desenvolvimento sustentável e a diminuição das desigualdades sociais.

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A Aprosoja MT também expressa seu agradecimento e parabeniza o governador Mauro Mendes pelo comprometimento e pela condução firme no combate à Moratória da Soja, além do tratamento justo a todos os cidadãos de Mato Grosso, o que fortalece a justiça e a competitividade do setor produtivo estadual.

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