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Mato Grosso realiza investimentos para garantir infraestrutura para aeroportos

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Os investimentos em infraestrutura aeroportuária são fundamentais para trazer desenvolvimento para Mato Grosso. Por isso, o Governo do Estado destina R$ 60 milhões ao programa Mais MT Aeródromos Públicos em 2023, para realizar obras como asfaltamento de pistas e compra de equipamentos.

Dentro do programa, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) identificou a necessidade de qualificar os servidores que trabalham com a gestão aeroportuária. Em parceria com a Prefeitura de Barra do Garças, a Sinfra-MT organizou a 2º Roda de Conversa com Gestores Aeroportuários de Mato Grosso, entre os dias 27 e 29 de junho, no município.

“Aeroporto é uma questão muito técnica. É preciso entender cada detalhe técnico do aeroporto, entender como é possível fazer os investimentos de forma correta, todos os regulamentos que precisam ser seguidos para garantir a segurança da operação”, afirma o secretário adjunto de Logística e Concessões da Sinfra-MT, Joelson Matoso.

O evento contou com a participação de mais de 30 painelistas, entre profissionais especialistas de renome nacional, comando da aeronáutica, membros das forças de Segurança, da iniciativa privada, classe política e também da sociedade civil.

Um dos assuntos discutidos foi a expansão da aviação em Mato Grosso. O coordenador geral de projetos aeroportuários da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Márcio Fernandes, trouxe a informação de que Mato Grosso concentra quase 25% dos aeródromos privados do país, o que mostra que há uma demanda local por voos. Por outro lado, tem apenas 5% dos aeródromos públicos.

Atualmente, são oferecidos voos saindo de Cuiabá para os municípios de Alta Floresta, Sorriso, Sinop, Barra do Garças, Água Boa, Aripuanã e Juína.

Participando do debate, o secretário adjunto de Turismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Felipe Welaton, lembrou que Mato Grosso é maior que muitos países europeus e que tem um grande potencial para receber turistas, tanto em busca de negócios, quanto em busca de turismo.

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“Por isso nós precisamos discutir aeroportos e aeródromos. E precisamos trazer duas demandas que são o valor das tarifas e a frequência de voos. Sem isso, a cadeia não funciona. Precisamos fazer essa discussão e provocar o setor privado”, disse.

O prefeito de Canarana, Fábio Faria, afirmou que investir na aviação é fundamental para atrair investimentos. “Antigamente a gente falava que o desenvolvimento não chegava nem na poeira, nem no escuro. Hoje tem que chegar no asfalto, mas também pelo ar. O grande empresário anda de avião. Se não estivermos preparados para recebê-los, o desenvolvimento vai para outro lugar”, afirmou.

A superintendente de Desenvolvimento de Modais da Sinfra-MT, Franciele Dorth, lembrou os investimentos realizados pelo Estado nos aeródromos. E que um terço dos recursos do Mais MT Aeródromos, aproximadamente R$ 20 milhões, estão sendo aplicados na região do Araguaia, uma das razões pelas quais o evento foi levado para Barra do Garças.

Na região, obras já foram realizadas em Água Boa, um dos destinos operados pela companhia Azul Linhas Aéreas, e há contratos e convênios para melhorias em Porto Alegre do Norte, Canarana e Vila Rica. Ainda são elaborados projetos para Alto Araguaia, Confresa e São Félix do Araguaia, assim como a Sinfra-MT trabalha em parceria com Cocalinho para encontrar um local propício para receber uma pista.

Outros painéis foram realizados para discutir a questão da infraestrutura necessária para que os aeródromos possam operar em segurança, medidas de segurança que precisam ser tomadas, os trâmites legais para que os aeroportos possam funcionar, a gestão e fiscalização das operações.

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Também foi debatida a interferência de objetos no espaço aéreo, com a participação de representantes do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), assim como um operador de drones e um Ufólogo.

Segundo o capitão Fábio Henrique e Lima, do Decea, o debate foi importante para encontrar caminhos e soluções. “A aviação caminha lado a lado com o desenvolvimento do país. E para isso é preciso investir em infraestrutura. Para o comando da aeronáutica, participar desse evento ratifica o comprometimento da força no fomento da aviação”.

Para o prefeito de Barra do Garças, Adilson Gonçalves, foi muito importante para o município receber o encontro. “Temos que avançar muito em relação aos serviços aeroportuários, precisamos investir muito no nosso aeroporto, qualificar nossos servidores, trocar informações entre os setores e discutir sobre as melhorias que são necessárias. Tenho certeza que a soma dos esforços entre todos fará com que todos os municípios saiam ganhando”, afirmou.

No final, foram realizadas duas visitas técnicas com os participantes do encontro, uma no Aeroporto Municipal de Barra do Garças e outra na unidade local do Cindacta I.

Segundo a superintendente Franciele Dorth, o saldo do evento foi positivo, com a participação de 90 pessoas presencialmente e mais de 300 pelo YouTube. gestor do aeroporto de Primavera do Leste, Adriano Voigt, concordou. “A segunda rodada superou expectativas. O entrosamento e o networking nesses três dias foi de máxima utilidade”.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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