MATO GROSSO
Governo de MT adere ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal para avanço da imunização no Estado
MATO GROSSO
O Governo de Mato Grosso aderiu ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, movimento promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público. O documento foi assinado nesta sexta-feira (30.06) pelo governador Mauro Mendes, o procurador-geral de Justiça do Estado, Deosdete Cruz Junior, e outras autoridades.
O pacto tem o objetivo de incentivar uma atuação coordenada e nacional em busca da consciência vacinal e da retomada de índices seguros e homogêneos de cobertura de vacinas em todo o Brasil. A assinatura ocorreu no auditório da Sede das Promotorias de Justiça, em Cuiabá.
Mauro Mendes parabenizou a iniciativa do Ministério Público e pontuou que somente o trabalho conjunto é capaz de auxiliar o país na superação do declínio das coberturas vacinais que vem ocorrendo desde o fim da pandemia pela Covid-19.
“Parece que as pessoas estão esquecendo que só superamos as ondas de casos e mortes durante a pandemia por causa da vacina. É necessário relembrar da importância desse mecanismo tão eficiente que existe há séculos e nos ajuda no combate das doenças. Para isso, a união de esforços entre poder executivo e judiciário na conscientização da imunização é fundamental para que o Brasil e o estado de Mato Grosso tenham melhoras performances de cobertura vacinal”, disse o governador.
De acordo com o Ministério Público do Estado, mais de 40 instituições já aderiram ao pacto nacional, entre unidades do Ministério Público, Estados e Municípios. A iniciativa partiu da preocupação com os baixos índices da cobertura vacinal no Brasil nos últimos anos. Inicialmente, o foco da atuação será a vacinação contra a poliomielite, cujos números estão em queda expressiva.
“O Programa Nacional de Imunização já foi considerado referência internacional e foi protagonista da eliminação e do controle de diversas doenças. É urgente que enfrentemos essa nova realidade com medidas efetivas, a não ser que queiramos voltar a fase das paralisias e doenças graves que acometia as crianças e adolescentes. Para mudar esse cenário, precisamos unir esforços em escala global, nacional e local e garantir a ampla cobertura vacinal”, ressaltou o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz.
O procurador-geral também reconheceu as iniciativas em andamento no Estado. “É por isso que louvo inciativas como o Pacto de Consciência Vacinal, como o vacinomêtro, que será lançado, como o Imuniza Mais MT, do Governo Estadual. E não posso deixar de parabenizar a visão sensível da primeira-dama Virginia Mendes, idealizadora do Ser Família. O fato de ela ter associado o cartão de vacina em dia como contrapartida para receber o benefício é muito importante”, acrescentou.
Já o presidente da Comissão de Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público, Jayme Martins de Oliveira Neto, classifica o Pacto Nacional como fraterno e coletivo. “Quando estamos pedindo para você cuidar da sua carteira de vacina, do cartão dos seus filhos, dos seus pais e avós, não é só por eles, é por todo mundo. Porque basta uma pessoa não se cuidar que é suficiente para que o vírus volte e se espalhe, adoecendo pessoas e até levando óbito. Então há a necessidade de uma consciência fraterna e coletiva”, defendeu Jayme.
Como forma de apoio à iniciativa do Ministério Público, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) estacionou a carreta do programa Imuniza Mais MT na Sede das Promotorias de Justiça durante a tarde desta sexta-feira (30.06). Foram ofertadas gratuitamente vacinas contra a gripe (Influenza), Covid-19 (bivalente) e meningite para servidores públicos e toda a sociedade.
“A queda das coberturas vacinais traz sérias consequências, principalmente para a área da saúde secundária e da alta complexidade. Doenças que estavam erradicadas têm a possibilidade de voltar em razão dessa falta de procura pelas vacinas. O Governo do Estado está empenhado e criamos há dois anos o Imuniza Mais MT, que premia os municípios com melhores performance de cobertura vacinal. Para nós, esses esforços do poder judiciário convergem com nossas ações”, avaliou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Além do governador Mauro Mendes e do procurador-geral de Justiça do Estado Deosdete Cruz Junior, assinaram o Pacto Nacional o conselheiro Jayme Martins; o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho; o Conselheiro Antônio Joaquim Moares Rodrigues Neto, representando o presidente do Tribunal de Contas, José Carlos Novelli; e a sub-defensora Pública Federal, Maria Celícia Alves da Cunha, representando a Defensora Pública Geral de Mato Grosso, Luziane Ribeiro de Castro.
Também assinaram o documento a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Gisela Cardoso; o procurador Bruno Cunha de Lima, representando o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso, Danilo Nunes Vasconselos; a procuradora Ariella Barbosa Lima, representando a procuradora chefe do Ministério Público Federal de Mato Grosso, Vanessa Marconi; a presidente da Associação Mato-grossense dos Magistrados, a juíza Maria Rose de Meira Borba; e o presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público, o promotor de Justiça Mauro Curvo.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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