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TCE-MT adere ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal

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O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-M) aderiu, em solenidade realizada na sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá, na última sexta-feira (30), ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, coordenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Representando o conselheiro-presidente, José Carlos Novelli, o vice-presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social e ouvidor-geral do TCE-MT, conselheiro Antonio Joaquim, destacou a importância da iniciativa e a mudança de paradigmas da Corte de Contas mato-grossense.

“Sempre foi uma tradição do Brasil ter um índice de vacinação acima de 90%, agora estamos vivendo índices abaixo de 50% e sabemos que a longevidade depende de três fatores: água tratada, antibiótico e vacina. E esse é o Tribunal de Contas do Século XXI, que além do seu dever Constitucional de fazer o controle externo, também se preocupa em ajudar a solucionar os problemas que surgem no dia a dia da gestão pública”, pontuou.

Na ocasião, o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, falou da importância da união entre os Poderes, órgãos e a sociedade para promover a transformação social. “Estamos aqui falando de saúde e precisamos do apoio inestimável da Corte de Contas, de todos seus membros e servidores, do Ministério Público de Contas e das outras instituições para melhoria desses índices e, portanto, da saúde da população.”

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Foto: Thiago Bergamasco/TCE-MT

Também presente na solenidade, o governador Mauro Mendes fez questão de destacar o trabalho que vem sendo desempenhado pelo TCE-MT, para além da fiscalização. “O TCE dá demonstração de também querer estar, na prática, indo além de suas funções de ser fiscal da boa execução orçamentária de todos aqueles que aplicam verba pública. Ele também participa, interagindo e promovendo a correta aplicação dos recursos e também a boa execução de políticas públicas.”

À frente da iniciativa, o presidente da Comissão de Saúde do CNMP, conselheiro Jayme Martins de Oliveira Neto, explicou que o Pacto foi lançado em novembro de 2022 com o objetivo de fazer com que cada instituição, dentro da sua competência, atue para melhorar os índices de vacinação do País, que se encontra abaixo da meta de 95% recomendada pelo Ministério da Saúde.

Além do TCE-MT, MPMT e do Governo, aderiram ao pacto a Assembleia Legislativa (ALMT), Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP) e Associação Mato-Grossense de Magistrados (Amam).

Atuação do TCE-MT

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Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT

A fim de ampliar a cobertura vacinal e impedir o ressurgimento de doenças, o TCE-MT realizou, na semana passada, qualificação voltada a profissionais da saúde de todo o estado, como parte do programa “Estratégias para o fortalecimento da imunização dos 141 municípios mato-grossenses”, recém-lançado pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social, conselheiro Guilherme Antonio Maluf.

Desde o ano passado o Tribunal vem atuando para solucionar o problema. Para tanto, a Comissão já emitiu Nota Recomendatória à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e secretarias municipais e realizou visita técnica à Rede de Frio do Estado para entender o fluxograma, armazenamento e distribuição de imunizantes.

O trabalho também tem como objetivo o alcance dos números previstos no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Além disso, de acordo com Guilherme Antonio Maluf, as metas estabelecidas no exercício de 2023 serão incluídas na análise das contas anuais dos municípios, podendo ensejar em sanções.

“Corremos o risco de ressuscitar doenças que, até então, estavam extintas no nosso país, como o sarampo e a poliomielite. É só dando as mãos que poderemos voltar aos números registrados no passado, quando o Brasil tinha a maior política de vacinação do mundo”, salientou na oportunidade.

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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