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SES e Hospital Sírio Libanês elaboram plano de ação para cuidados paliativos em unidades de saúde de MT

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) e o Hospital Sírio Libanês, em parceria com o Ministério da Saúde, realizaram nesta terça e quarta-feira (04 e 05.07) o terceiro encontro presencial do projeto que visa implementar um plano de ação para cuidados paliativos nas unidades de saúde em Mato Grosso.

A expectativa é que o projeto tenha duração de 10 meses, com capacitações e encontros virtuais e presenciais que visam a melhoria dos processos em cuidados paliativos desenvolvidos por profissionais da saúde. Ao final, deverão ser implementados planos de ação que acolham de modo adequado os pacientes que tratam doenças ameaçadora da vida.

Participam da iniciativa o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande, além da Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) e do Centro Especializado em Saúde, situados na cidade.

Conforme o superintendente de Atenção à Saúde da SES, Diógenes Marcondes, a SES recebeu o convite do projeto e manifestou interesse em participar, indicando unidades de saúde da Rede de Atenção à Saúde que atendessem aos critérios do projeto.

“Nós avaliamos entre as unidades que existem no Estado e essas três de Várzea Grande foram escolhidas em razão da proximidade física entre elas e por trabalharem com o que o programa exigia, que é Atenção Hospitalar, Ambulatorial Especializada e Domiciliar”, explica o gestor.

O projeto é ofertado pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Hospital Sírio Libanês.

Diógenes informa que a SES vai ampliar a iniciativa para as demais unidades de saúde do Estado que tenham capacidade para absorver o projeto. “A Secretaria aderiu ao Proadi-SUS, em que nós coordenamos as ações no Estado e escolhemos os pontos focais para as atividades. Esse é um projeto em que já estamos trabalhando para ampliar para outros locais”, conta o superintendente.

A assistente social do projeto e colaboradora do Sírio Libanês, Mariana Aguiar, relata que a demanda por cuidados paliativos é crescente no país e no mundo, mas os serviços ainda são escassos. Ela ressalta que o projeto tem como objetivo disseminar os cuidados paliativos de forma geral, por meio da implementação de protocolos de Cuidados Paliativos e capacitação das equipes do SUS., e, assim, beneficiar os pacientes que enfrentam doenças ameaçadoras de vida e seus familiares.

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“O projeto se devolve com o objetivo de melhorias de processos em cuidados paliativos, sem esquecer que a abordagem foca na qualidade de vida de pessoas com doença ameaçadora da vida e também suas famílias. Nas duas primeiras visitas realizadas neste ano, fizemos uma fotografia do que tem e como funciona nas três unidades de saúde e estamos apresentando hoje o que avaliamos desse diagnóstico. Com isso, conseguimos construir em conjunto os planos de ações”, diz Mariana.

Suporte com qualidade
Entusiasmada com as capacitações que ocorrerão ao longo do projeto, a enfermeira que atuou dois anos na sala vermelha do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande, Aline Alves de Almeida, espera dar um suporte clínico e emocional com mais qualidade e resultado para seus pacientes a partir das aulas que terá.

“Eu entendo que não é só um paciente, é o amor de alguém, o pai de alguém, o irmão ou o filho de alguém. Essa ação veio como oportunidade para nós da assistência prestar o cuidado da melhor forma”, afirma Aline, que hoje trabalha na gerência de enfermagem do Hospital e Pronto Socorro.

Já a enfermeira Maria Aparecida de Lima, do Centro Especializado em Saúde, está animada para que os profissionais tenham outra visão sobre o que seria o cuidado paliativo. Para ela, esses cuidados não devem ser aplicados somente na fase terminal do paciente.

“Os cuidados paliativos iniciam desde o diagnóstico do paciente que tem doença crônica degenerativa até a sua morte. Esse paciente tem uma vida pela frente como outras pessoas e ele precisa passar por essa doença com conforto e atenção juntamente com sua família. Isso melhora sua qualidade de vida e dá a ele mais alegria e dignidade para sobreviver”, afirma Maria.

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Durante os dois dias de encontro, os profissionais das unidades de saúde tiveram aulas sobre dor social e discussão dos planos de ação de acordo com cada serviço ofertado pelas instituições.

Cuidados paliativos
Os cuidados paliativos são abordagens que melhoram a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida. Essa abordagem promove alívio do sofrimento, tratamento da dor e de outros sintomas de natureza física, psicossocial e espiritual.

“A SES trabalha para promoção da saúde e melhoria dos serviços. Estamos acompanhando de perto a capacitação para garantir um resultado eficaz que atenda nossas expectativas diante das necessidades encontradas. Nossa equipe está empenhada em disseminar, por meio de encontros setoriais, esses cuidados que os pacientes precisam”, diz a coordenadora de Promoção e Humanização da Saúde da SES (Cophs), Rosiene Rosa Pires.

A técnica da Cophs, Ciene Conceição da Silva, participou da apresentação do diagnóstico das unidades e ressaltou que o principal beneficiado com a qualificação dos profissionais é o usuário do SUS, que contará com uma rede preparada. “O paciente que tem indicação para esses cuidados precisa de um atendimento eficaz e, a partir dessa ação, eles contarão com um serviço mais adequado”, ressalta a técnica.

Proadi SUS
O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde é uma aliança entre seis hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde. Criado em 2009, o propósito do programa é apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Governo Federal.

Integram o programa a Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Hospital do Coração (Hcor), o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o Hospital Israelita Albert Einstein, além do Hospital Sírio-Libanês, que na capacitação sobre cuidados paliativos é responsável pela parte de Atenção Hospitalar, Ambulatorial Especializada e Atenção Domiciliar.

Fonte: Governo MT – MT

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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