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Visitação guiada à Câmara começa a retomar ritmo pré-pandemia

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Cerca de 20 mil pessoas participaram das visitas guiadas à Câmara dos Deputados e ao Senado entre abril e junho deste ano, em um ritmo parecido com o registrado antes da pandemia de Covid-19. A visitação esteve suspensa ao longo de 2021 por motivos sanitários e sofreu nova paralisação após as depredações ao Palácio do Congresso Nacional nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro deste ano.

A reabertura dos prédios para turistas ocorreu em 21 de abril, no aniversário de Brasília. Durante o recesso parlamentar, a visitação ocorrerá todos os dias, até 30 de julho.

O diretor da Coordenação de Cerimonial, Eventos e Cultura da Câmara, Frederico de Almeida, descreve alguns dos destaques das visitas guiadas. “Esculturas que fazem parte de vários espaços da Câmara dos Deputados e poltronas, inclusive do escritório de Oscar Niemeyer; obras de Athos Bulcão, como o painel “Ventania”; pintura de Di Cavalcanti, no Salão Verde; painéis de Marianne Perretti e algumas peças da coleção de presentes protocolares”, enumerou.

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Limpeza do Salão Verde após atos de vandalismo.
Mobiliário desenhado por Oscar Niemeyer; ao fundo, painel de Athos Bulcão

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8 de janeiro
Parte do patrimônio cultural do Parlamento foi danificada durante os atos golpistas do início do ano, o que demandou minucioso trabalho de restauração artística, segundo Frederico. “O Centro Cultural da Câmara dos Deputados foi uma das áreas que trabalharam intensamente na recuperação de várias obras. Os presentes que puderam ser recuperados fazem parte da exposição que está no Salão Verde”, informou.

O diretor da Coordenação de Cerimonial, Eventos e Cultura da Câmara já percebe uma mudança no comportamento após os atos de vandalismo. “Estamos percebendo um respeito muito grande pelo Parlamento a partir dos acontecimentos de 8 de janeiro: as pessoas vêm, coletam informações, tiram fotos e levam daqui só memórias boas”.

Fernanda Freitas, fisioterapeuta em Belém, no Pará, constatou essa retomada de normalidade ao incluir o Palácio do Congresso Nacional no roteiro da recente visita turística que fez a Brasília. “Como brasileira, fiquei muito angustiada e receosa com toda aquela destruição, mas fico feliz de já ver a Casa reaberta e poder ter essa visitação e sentir a política correndo nas veias assim”, comemorou.

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Sensação parecida foi revelada por Evandro Bernardino, analista de relacionamento em Serra, no Espírito Santo, e, como ele mesmo diz, “apaixonado por política”. “Fiquei bem preocupado depois que aconteceu o ataque, porque eu não sabia em quanto tempo iriam conseguir que tudo voltasse ao normal. Fiquei muito feliz com a reestruturação”.

Já Nice Andrade, de apenas 13 anos de idade, conheceu a Câmara e o Senado em conjunto com os colegas de uma escola particular de Goiânia. “É um local muito importante para o nosso País, onde várias medidas são tomadas. Acho muito importante saber a história e também como funciona”.

Todos os detalhes sobre dias, horas e agendamento das visitas guiadas estão no portal da Câmara na internet. Também há redes sociais de visitação no Instagram e no Facebook.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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