MATO GROSSO
Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico estimula o fortalecimento da Apicultura com entrega de kits a novos produtores
MATO GROSSO
“Esse projeto é um sucesso, vai alavancar a apicultura. Antigamente eu era sozinho, não tinha muito conhecimento. Com o projeto Agro da Gente que trouxe conhecimento e preparo, os participantes estão animados para criar abelhas. E a motivação é ainda maior, porque além de todo o acompanhamento técnico que teremos, a parceria entre os futuros apicultores é solidária, um ajuda o outro”. Foi assim que o apicultor Luiz Domingos Alves Barbosa expressou sua satisfação com o projeto de Apicultura desenvolvido pelo programa Agro da Gente, da Prefeitura de Cuiabá, através da Secretaria Municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico. Ele é proprietário da Chácara Barbosa, na região do Aricazinho, que sedia o primeiro apiário da região. No local, na manhã de sexta-feira (18), cerca de 10 futuros produtores de mel da região do Cinturão Verde, Aricazinho e Brasil 21 receberam kits de trabalho para fortalecer a cadeia produtiva.
“É o primeiro dos 40 apiários que serão construídos com o objetivo de fortalecer a cadeia do mel, com produção de qualidade para depois ganhar o mercado consumidor. Em breve estaremos lançando a Casa do Mel itinerante, para maior comodidade e ganho produtivo. O apicultor não precisará sair, a Casa do Mel itinerante vem até o apicultur para colher o seu produto”, revelou o secretário municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Vuolo.
Vuolo ressaltou que é um compromisso do prefeito Emanuel Pinheiro com a zona rural, que existe essa política pública voltada para fortaleciemnto do produtor de pequena propriedade. “Temos um mapeamento de pequenos produtores de toda a região e é expressivo, daí a importância da aproximação do poder público com políticas consistentes, não só dando instrumentos para a população, mas acompanhando a produção, orientando na produção para que seja de excelência e chegue à mesa do consumidor devidamente certificada, inspecionada”, frisou o secretário.
A preocupação final é gerar renda e fortalecer o segmento, e também reverter a situação de mercado, uma vez que atualmente Cuiabá é importadora do produto que chega à mesa do cidadão. Sendo assim, tanto a disponibilidade da produção local em supermercado quanto em feiras é vista como mecanismo de aproximar o poder público do cidadão, o produtor da pequena propriedade e aproximar o homem da cidade com o homem do campo. “E faz com que a economia se equilibre e a população cuiabana seja a maior beneficiada”, lembrou Vuolo.
Para Eldeberto de Oliveira, todo o acompanhamento técnico bem como o Kit disponibilizado é um incentivo para que a apicultura avance. “Estou entrando nessa atividade agora para incrementar mais o rendimento do que eu já faço, otimizar a renda”, explicou ele, que já atua com gado leiteiro, agora apicultura e pretende ingressar no projeto de FLV (Frutas, Legumes e Verduras), também do programa Agro da Gente.
Iliete Soupinski, da Associação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar das Serras das Laranjeiras, da região do Aguaçú, no Distrito da Guia, esteve presente no evento e disse que a atividade de apicultura tem um vasto mercado a ser explorado, e que por demandar pouco tempo e ser uma atividade leve, pode ser desenvolvida por jovens e pessoas com mais idade.
“Apaixone-se pelas abelhas. É um trabalho leve, os cuidados demandam um dia de trabalho a cada 15 dias. É possível uma renda boa sem tomar muito tempo”, frisou.
Além do equipamento de proteção individual (EPI), sendo o macacão completo, bota e luvas, o kit entregue continha 2 melgueiras, um fumigador, 2 quilos de cera alveolada, um quilo de arame para quadros e 1000 ilhós e um ninho para iniciar a produção de abelhas.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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