MATO GROSSO
Senadora rechaça apoio a nome do PSD e diz que seguirá Mendes
MATO GROSSO
A senadora Margareth Buzzeti (PSD) descartou apoiar um possível candidato de seu partido na eleição para prefeito de Cuiabá no ano que vem. Buzetti afirmou ser fiel ao governador Mauro Mendes (União) e deve manifestar apoio ao candidato dele na disputa.
Hoje, o PSD, que é comandado pelo ministro da Agricultura Carlos Fávaro, articula a filiação do deputado Eduardo Botelho (União) para concorrer ao pleito.
Buzetti afirma que tendência é que ela apoie a candidatura do atual chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União), uma vez que ele é o escolhido do governador.
“Eu sempre tive lado, e vou continuar agindo da mesma forma e não pretendo mudar. Meu lado é ao lado do governador Mauro Mendes, e foi desde o começo. E acho que o Botelho e o Fabinho devem entrar num acordo porque senão (…) todo mundo vai sair perdendo”, disse.
Segundo a congressista, sua posição como suplente de Fávaro no Senado “não é confortável”, mas na política é preciso fazer escolhas.
“Eu sempre tive lado, e vou continuar agindo da mesma forma e não pretendo mudar. Para mim não é confortável porque o Fávaro é meu titular, e a cadeira do Senado é dele, mas infelizmente a gente escolhe um lado”, disse.
A senadora lembrou que, por conta da fidelidade a Mendes, já deixou de seguir as diretrizes partidárias em outra ocasião. É que na eleição de 2018, o PP – sigla à qual Margareth integrava – apoiou a eleição do Wellington Fagundes ao Governo.
Buzzeti, no entanto, ficou com Mendes. “Eu já abandonei o Wellington uma vez, lembra?”.


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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