Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

“Hoje é um dia histórico; a escrituração dos imóveis traz dignidade para essas pessoas”, afirma prefeito de Castanheira

Publicados

MATO GROSSO

Os municípios de Castanheira e Juína foram os primeiros beneficiados com o mutirão de entregas de escrituras definitivas pelo Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), que começou nesta terça-feira (29.08) e segue até sexta-feira (1º.09).

“Para nós, hoje é um dia histórico. A escrituração dos imóveis traz dignidade para essas pessoas, tira esses imóveis da irregularidade, do anonimato. Essas pessoas, agora, podem ter acesso a crédito e a financiamentos. A gente só tem a agradecer ao governador Mauro Mendes, porque tem nos atendidos e isso tem sido um marco para a nossa cidade”, destacou o prefeito de Castanheira, Jaques de Oliveira Rios Júnior.

Para os beneficiados no mutirão, esse é o primeiro imóvel registrado em nome deles, como é o caso da funcionária pública Margarida Teófilo, de 61 anos, que há 32 anos vive na mesma casa, no Bairro Santa Rita, em Castanheira, que agora foi escriturada.

“Minha vida foi muito sofrida, e hoje estou conseguindo o primeiro imóvel no meu nome. Estou muito satisfeita. Nem dormi essa noite de tão ansiosa e contente que eu estava”, afirmou Margarida. Ela conta que antes dessa residência, onde mora com o filho, a irmã e o sobrinho, ela chegou a morar em um barraco de lona.

As despesas com a emissão do documento para famílias com renda de até cinco salários mínimos, são custeadas pelo Governo do Estado. Desse modo, o morador não precisa gastar com as taxas de cartório, que em média custariam R$ 8 mil cada.

Leia Também:  Secel viabiliza lançamento de projetos de música e artes visuais em MT

Para a gratuidade, também é necessário que o morador não tenha sido beneficiado com programas sociais e não tenha outro imóvel no nome. O mapeamento dessas informações é feito por uma equipe de assistência social que vai até a casa desses moradores.

Ao todo, mais de 80% dos beneficiados com esse mutirão se enquadram nesses critérios.

Para o aposentado José Rosa da Silva, 82 anos, a forma como o Estado tem trabalhado para regularizar as áreas, indo até os moradores e identificando a situação de cada um deles, tem feito a diferença.

“Se eu tivesse que correr atrás, ir em Cuiabá, para conseguir fazer essa escritura, eu não iria conseguir, porque não teria como eu ir, mas vocês do Governo fizeram tudo isso. Esse trabalho é muito importante para nós. Sem o documento, eu não podia falar que a casa é minha, mas agora eu vou poder”, declarou o morador de Castanheira.

Com esse mutirão, o pastor Edson Marcos, de 59 anos, disse que todos os vizinhos vão passar a ter escritura. “99% dos imóveis do Bairro Santa Rita, onde eu moro, não estão escriturados, pelo que eu sei, e agora todos estão aqui para receber. Essa ação vai fazer parte da nossa história”, afirmou.

As entregas fazem parte da Semana Solo Seguro, realizada por meio de uma parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

“O Governo Mauro Mendes tem conseguido avançar muito na regularização fundiária, através dessas parcerias, com o Tribunal de Justiça, num trabalhado encabeçado pela Corregedoria Geral de Justiça, prefeituras municipais, cartórios. Esse apoio tem sido fundamental”, enfatizou o presidente do Intermat, Francisco Serafim.

Leia Também:  Indígena de Mato Grosso é a primeira cacique trans do Brasil

Em Castanheira, foram entregues títulos aos moradores dos bairros Santa Rita, Guadalupe e Santo Antônio.

Juína

O prefeito de Juína, Paulo Veronese, afirmou que o trabalho desenvolvido pelo Governo tem organizado a regularização fundiária no Estado e que identificou títulos entregues na década de 80, sem registro em cartório.

“Era uma desorganização muito grande, porque o título era entregue sem registro em cartório e a pessoa guardava o documento achando que já era a escritura definitiva ou também não procurava o cartório por causa das taxas. Agora, com os títulos registrados não corremos mais esse risco”, ressaltou.

Em Juína, os títulos entregues são de imóveis do Bairro Módulo 6, onde Manoel Antônio de Assis, de 60 anos, mora há 18 anos e lutava pela escritura da casa, até fazer o cadastramento do Estado.

“Já tinha tentado várias vezes há alguns anos atrás e não conseguia, e agora estou com o título. Faz toda a diferença pra nós”, disse.

Ainda nesta Semana da Regularização Fundiária, serão entregues títulos em Pontes e Lacerda, Poxoréu, Mirassol D’Oeste, Porto Esperidião, Cáceres, Rondonópolis, Rosário Oeste, São Pedro da Cipa, Chapada dos Guimarães, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Santo Afonso, Apiacás e Nova Xavantina.

Fonte: Governo MT – MT

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Publicados

em

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

Leia Também:  Indígena de Mato Grosso é a primeira cacique trans do Brasil

Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

Leia Também:  VÍDEO: Abílio expressa preocupação sobre LOA 2025 em visita à Câmara Municipal de Cuiabá

Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA