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Patrulha Maria da Penha já realizou mais de 12,1 mil acolhimentos a vítimas de violência doméstica

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A Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar de Mato Grosso, já realizou mais de 12,1 mil acolhimentos a mulheres vítimas de violência doméstica em todo o Estado, desde que foi implementado, em 2019.

“Nossa missão é sempre mostrar que há um novo começo e que elas nunca estarão sozinhas”, enfatiza a sargento Maria Luiza do Nascimento sobre a rotina diária de trabalho no programa.

Atuando no município de Cáceres, a sargento é uma dos agentes que atuam na Patrulha Maria da Penha, se dedicando ao combate à violência contra mulher. Atualmente, cerca de 100 militares compõem o efetivo do programa, que está inserido em todos os 15 Comandos Regionais da PMMT, presente em 96 municípios.

“Eu que já trabalhei 24 anos na rua e atuei em diversas ocorrências de violência. Hoje sei que essa mulher vítima de agressão precisa muito mais da nossa proteção e a Patrulha tem essa função de fazer com essa mulher seja inserida novamente no meio social com o mínimo de dignidade para sua sobrevivência”, pontua a sargento.

Uma das mulheres acolhidas pela Patrulha, que sofria agressões de um de seus filhos, ainda marca a sargento Luiza.

“Um filho, usuário de drogas, agredia sua mãe com requintes de crueldade, além de fazer ameaças de morte a ela. Esse fato me marcou muito porque essa vítima estava destruída psicologicamente, afinal é uma mãe que, apesar de tudo, não quer o mal ao filho. Fizemos esse acolhimento específico e felizmente conseguimos ver, a cada atendimento, a evolução e levar segurança para essa mulher”, detalha a policial.

Sargento Maria Luiza em conversa com uma mulher acolhida pela Patrulha Maria da Penha – Foto: Arquivo pessoal

Desde 2019, o Governo de Mato Grosso já investiu mais de R$ 2,3 milhões no programa, voltados para aquisição de viaturas e equipamentos tecnológicos e de trabalho próprios, além da reforma de locais e sedes para atendimento às vítimas atendidas.

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Os números se voltam para o crescimento do programa ao longo dos anos. A Patrulha Maria da Penha começou o recebimento das Medidas Protetivas de Urgência vindas do Poder Judiciário de Mato Grosso. Nos dois primeiros anos, 1.366 mulheres foram acolhidas pelo programa. Em 2021, a Patrulha expandiu o atendimento, com o acolhimento de mais 3.177 vítimas.

No ano de 2022, a Patrulha Maria da Penha acolheu mais 4.525 mulheres, garantindo efetividade em 97% casos, sem reincidência da violência. Já no primeiro semestre deste ano, outras 3.034 mulheres foram acolhidas pelo programa. Em todos os anos de atuação da Patrulha, nenhuma mulher acolhida foi vítima do crime de feminicídio.

Somente em Cuiabá, primeira cidade a receber o programa, a Patrulha Maria da Penha acolheu mais de 1,2 mil mulheres no ano de 2022, número igual ao de atendimentos realizados já no primeiro semestre de 2023.

Para a tenente-coronel Vânia Rosa, coordenadora do programa na Capital, o mais importante da Patrulha é o acompanhamento especializado para cada caso.

“O acompanhamento das mulheres assistidas é realizado por nossas equipes que, assim que recebem as demandas, vão pessoalmente à residência dessas mulheres e oferecem um acompanhamento de vigilância prática e orientativa. O objetivo é sempre resguardar a vida dessas mulheres e retirá-las do ciclo de violência”, explica.

A tenente-coronel Vânia ainda pontua que cada mulher recebe um atendimento humanizado e diferenciado para o que cada situação pede.

“Essas mulheres contam com um número de celular funcional da nossa equipe, canal pelo qual poderão manter contato conosco visando nos solicitar apoio de proteção física ou mesmo orientações diversas, para que não haja a quebra da medida protetiva e para que sua integridade física permaneça ilesa e ela possa reconstruir sua vida em paz”, acrescenta.

Além das visitas, a Patrulha Maria da Penha também realiza palestras com mulheres, crianças e adolescentes e promove eventos de integração com a sociedade explicando as formas existentes de violência doméstica e os meios para a denúncia desses crimes.

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A tenente-coronel Emirella Martins, que é coordenadora de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (PCDH), na qual a Patrulha Maria da Penha está inserida, destaca que todos os policiais que integram o programa são constantemente capacitados desde o atendimento da ocorrência em flagrante até o acolhimento direto com as vítimas.

“O nosso trabalho é considerado efetivo por conta de estarmos conseguindo evitar, principalmente, o feminicídio entre nossas mulheres acolhidas. Ainda assim, sabemos que há muito a ser feito em relação ao combate da violência doméstica, mas acreditamos que o sucesso da Patrulha está justamente no trabalho em rede, no atendimento humanizado com as vítimas, dando atenção devida e ajudando esta mulher a romper o ciclo de violência, além do preparo da nossa equipe para lidar com cada situação”, destaca.

Tenente-coronel Emirella Martins, coordenadora da Patrulha Maria da Penha em Mato Grosso

O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, ressalta a importância da Patrulha Maria da Penha e afirma que a PMMT está preparada para atuar em todas as circunstâncias que envolvam crimes de violência doméstica, dentro do Estado.

“O trabalho realizado pela Patrulha Maria da Penha é essencial dentro da nossa Polícia Militar e isso se volta com o crescimento do programa, que está cada vez mais ajudando essas mulheres. Nossas policiais mulheres e também os policiais homens, que atuam na Patrulha, estão cada vez mais preparados para realizarem o atendimento correto à essas vítimas, assim como nossas equipes de trabalho ostensivo estão sempre alertas e prontos para atenderem as ocorrências de violência doméstica que chegam pelo 190 e capturarem esses agressores em flagrante”, finaliza o coronel.

Denuncie

A sociedade pode denunciar os crimes de violência doméstica à Polícia Militar pelos números 190 e no disque-denúncia 0800.065.3939. Além disso, no número 180 está disponível a Central de Atendimento à Mulher para denúncias de crimes.

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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