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Congresso aprova 6 projetos que liberam crédito orçamentário para diversas ações do governo

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O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (4), em sessão conjunta de deputados e senadores, seis projetos que abrem crédito orçamentário para diversos programas e ações de órgãos do governo. As propostas, de autoria do Poder Executivo, seguem para sanção presidencial.

Confira os projetos aprovados:

Desenvolvimento regional
O PLN 24/23 destina crédito especial de R$ 632,1 milhões para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), R$ 180 milhões para o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e R$ 80 milhões para o Ministério da Defesa.

O projeto, que remaneja um total de R$ 892,1 milhões no Orçamento da União deste ano, recebeu relatório favorável do relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

De acordo com o projeto, o valor destinado à Codevasf será usado para apoiar projetos de desenvolvimento regional, enquanto a parcela do Dnocs será usada em projetos de desenvolvimento sustentável. Os dois órgãos são subordinados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Já o montante do Ministério da Defesa tem como objetivo a implementação de infraestrutura básica nos municípios que integram o projeto Calha Norte, espalhados por dez estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O total será remanejado dos orçamentos do Ministério das Cidades (R$ 602,1 milhões) e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (R$ 44 milhões) e, internamente, do próprio Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (R$ 246 milhões).

Como se trata de remanejamento de recursos já previstos, não haverá aumento de despesas.

Segurança nuclear
O PLN 13/23 abre crédito adicional especial no Orçamento de 2023 para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação no valor de R$ 22,8 milhões. O projeto teve voto favorável do relator, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

Segundo a justificativa do governo, o montante vai custear despesas com monitoramento, regulação e fiscalização da segurança nuclear e proteção radiológica das atividades de instalações nucleares e outras fontes de radiação. Os recursos serão remanejados do Ministério de Minas e Energia para o Ministério da Ciência e Tecnologia, sem impacto nas metas fiscais, de acordo com o Executivo.

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Quem receberá o aporte financeiro será a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), uma vez que o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear ainda não foi nomeado e, assim, o órgão não pode funcionar, conforme determina a lei que criou a instituição (Lei 14.222/21).

Cabe à autoridade nuclear monitorar, regular e fiscalizar a segurança nuclear e a proteção radiológica das atividades e das instalações nucleares, materiais nucleares e fontes de radiação no território nacional.

Segurança pública
O PLN 25/23 concede crédito especial para os ministérios da Justiça, dos Transportes, da Integração, das Cidades, e de Portos e Aeroportos no valor de R$ 126,68 milhões. O projeto foi relatado na Comissão Mista de Orçamento pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).

Pelo projeto, o dinheiro será dividido entre os cinco órgãos. No Ministério da Justiça e Segurança Pública, o valor será usado na capacitação de profissionais e gestores do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Já o Ministério dos Transportes deverá repassar sua parte à Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. para a implantação do trecho 3 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste; e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para o pagamento de despesas da construção e manutenção de rodovias no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Ceará e na Paraíba.

Por sua vez, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional usará os recursos para concluir a Rodovia da Jiboia, no estado de Sergipe. No Ministério das Cidades, o dinheiro será aplicado na ampliação do acesso ao financiamento habitacional.

Por fim, o Ministério de Portos e Aeroportos destinará sua parte à reforma do aeroporto de Itacoatiara (AM). Segundo o governo, as novas despesas serão custeadas com a anulação de outras já previstas.

Cais da Gamboa
O PLN 18/23 abre crédito suplementar de R$ 26 milhões para a Companhia Docas do Rio de Janeiro, mais conhecida como PortosRio. O dinheiro vai reforçar a ampliação e a modernização do Cais da Gamboa, no Porto do Rio de Janeiro.

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A PortosRio é a autoridade portuária responsável pela gestão dos portos públicos do estado do Rio de Janeiro, que compreende os portos do Rio de Janeiro, de Itaguaí, de Niterói e de Angra dos Reis. Foi criada em 1967, em substituição à Administração do Porto do Rio de Janeiro.

Duplicação de rodovia
O PLN 26/23 remaneja R$ 39,7 milhões entre setores do Comando do Exército, com o objetivo de reforçar despesas com a duplicação da rodovia GO-213 no Orçamento deste ano.

O dinheiro do crédito suplementar vai para o convênio do Comando do Exército com o estado de Goiás para a execução de obras na rodovia, que será duplicada em dois trechos.

O primeiro trecho, de 39 quilômetros, vai de Morrinhos ao entroncamento com a GO-507, na entrada de Rio Quente. O segundo, de 18 quilômetros, é referente ao trevo de Rio Quente a Caldas Novas.

O dinheiro vem de reservas financeiras do próprio Comando do Exército; portanto, o projeto não cria despesas extras para o Orçamento da União.

Organismos internacionais
O PLN 15/23 abre crédito especial de R$ 89,3 milhões no Orçamento para que o Brasil pague contribuições devidas a organismos internacionais.

Relatado pelo senador Cid Gomes (PDT-CE), o projeto determina que o dinheiro será usado pelo Ministério do Planejamento para o pagamento de contribuição aos seguintes órgãos internacionais:

  • Instituto Social do Mercosul: R$ 16,3 milhões;
  • Fundo Índia-Brasil-África do Sul de Combate à Fome e à Pobreza: R$ 5,1 milhões;
  • Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul: R$ 9,2 milhões;
  • Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos do Tabaco: R$ 7,7 milhões;
  • Fundo Africano de Desenvolvimento: R$ 51 milhões.

Da Redação
Edição – Pierre Triboli
Com informações da Agência Senado

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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