MUNDO
Esforços de resgate após terremoto diminuem no Afeganistão
MUNDO
Equipes de resgate reduziram nesta terça-feira (10) as operações no noroeste devastado do Afeganistão, conforme diminuíram as chances de encontrar sobreviventes 72 horas após um dos terremotos mais mortais do mundo, enquanto os moradores da região realizavam funerais em massa para seus mortos.
Segundo o governo comandado pelo Talibã, pelo menos 2.400 pessoas morreram e mais de 2 mil ficaram feridas nos múltiplos terremotos que atingiram o noroeste da cidade de Herat, destruindo milhares de casas. A maioria das vítimas eram mulheres e crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os esforços de socorro e resgate foram dificultados pela infraestrutura em ruínas após décadas de guerra, enquanto a escassez de ajuda externa, que antes era a espinha dorsal da economia, secou desde que o Talibã assumiu o poder.
“A operação está quase concluída”, disse à Reuters o porta-voz do Ministério de Gerenciamento de Desastres, Janan Sayeeq, acrescentando que os esforços de resgate continuavam em alguns vilarejos.
O Escritório Humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) estimou nesta terça-feira o número de vítimas dos terremotos em 1.294 mortes e 1.688 feridos, com 485 pessoas desaparecidas. Mas acrescentou que esses números eram apenas do distrito de Zinda Jan, e que outros quatro distritos também foram atingidos, onde a análise continua.
Os tremores de sábado — com magnitude de 6,3 — estão entre os mais mortais do mundo este ano, depois dos terremotos na Turquia e na Síria, que mataram cerca de 50 mil pessoas.
Siah Aab, um dos vilarejos do distrito, perdeu pelo menos 300 moradores, segundo relatos locais. Foram realizadas orações fúnebres para os mortos antes de serem enterrados, enrolados em cobertores, em sepulturas recém escavadas.
“Perdi minhas quatro noras, meus quatro filhos e meus netos”, disse o morador Taj Mohammad, 60 anos. Ele disse que 11 membros de sua família morreram no desastre.
O escritório humanitário da ONU anunciou assistência no valor de 5 milhões de dólares para a resposta ao terremoto, mas o apoio material imediato veio de apenas alguns países.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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