MUNDO
Profissionais de saúde apelam por resgate de vítimas no Oriente Médio
MUNDO
Profissionais de saúde de todo o mundo fizeram um apelo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, pelo resgate de vítimas civis do conflito entre Israel e o Hamas, no Oriente Médio.
A carta enviada nesta segunda-feira (16) é uma iniciativa da Federação Mundial de Associações de Saúde Pública, que reúne entidades sanitaristas de 130 países e representam cerca de 5 milhões de profissionais de saúde. O documento destaca que, das cerca de 10 mil vidas humanas perdidas e mais de 15 mil feridos, mutilados e incapacitados, a maioria são de civis inocentes, especialmente crianças, mulheres e idosos.
“Viemos até vocês para implorar pela saúde e pela vida de civis palestinos e israelenses inocentes, idosos, mulheres, homens, crianças e bebês envolvidos nesta luta insana e desumana entre o Hamas e o Estado de Israel. Nesta conjuntura, não tomamos partido nas diferenças políticas da complexa situação que levou ao que vemos e testemunhamos como violência injustificável contra vidas humanas. Isto tem que parar agora, imediatamente. Como seres humanos, não podemos normalizar os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs, para que não nos tornemos menos humanos”, diz um trecho da carta.
O documento é nominalmente endereçado ao presidente do Conselho de Segurança, o embaixador brasileiro Sergio Danese, ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, além do presidente de Israel, Isaac Herzog, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de autoridades palestinas, como Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, o papa Francisco e ministros da Saúde das nações envolvidas.
A carta foi enviada no dia em que o Conselho de Segurança se reúne pela terceira vez em pouco mais de uma semana, na tentativa de aprovar uma resolução que abra caminho para assistência humanitária na Faixa de Gaza, que está à beira de um colapso.
Entre as ações emergenciais, a Federação Mundial de Associações de Saúde Pública pede que a ONU e as autoridades israelenses e palestinas levem mulheres e crianças para locais seguros, podendo usar hospitais em terra e navios-hospital ou embarcações que possam acomodar as vítimas sob supervisão das Nações Unidas. O texto ressalta a situação de falta de alimentos, energia, água e insumos de saúde, que estão praticamente esgotados.
“Como defensores da paz, para que reinem a vida e a saúde, registramos com imenso pesar a destruição de serviços essenciais de saúde, incluindo as instalações hospitalares indispensáveis, a interrupção do acesso à água potável, alimentos e fornecimento de medicamentos, vacinas, soros, sangue e outros suprimentos de saúde. A interrupção de eletricidade e combustível impede que a vida continue e os serviços que o protegem de permanecer operacional”.
Em entrevista à Agência Brasil, o médico sanitarista Paulo Buss, diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que participa desta mobilização internacional, afirmou que o cenário descrito por profissionais que atuam em Gaza é de “absoluto terror”.
“Os hospitais estão superlotados, não têm mais vaga. Os corpos não estão sequer sendo enterrados. Além disso, há um grande número de pessoas que não têm nada a ver com o hospital, mas tenta se abrigar nas imediações dessas unidades, de forma desesperada, por serem supostamente locais mais seguros, o que causa um caos nas ruas”, afirmou.
Buss também estimou que, se nada for feito, o número de mortos pode chegar facilmente a 50 mil pessoas nas próximas semanas.
“Quem mais está sendo vitimado são mulheres, crianças, adolescentes, idosos, ou seja, a população mais vulnerável, com menos capacidade de movimentação. Estão ficando mutiladas, feridas e com agravamentos de saúde mental e emocional terríveis”, ressaltou o médico.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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