MATO GROSSO
Repasse de R$ 60 milhões vai garantir mão de obra para construção de 1.899 casas populares
MATO GROSSO
O programa SER Família Habitação foi idealizado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, e é realizado pelas Secretarias de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT) e de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT).
O governador explicou que muitos prefeitos chegaram a pensar em rescindir os convênios, por não terem condições de arcar com uma das contrapartidas exigidas, que envolvia o pagamento da mão de obra por parte das prefeituras.
“Esse aditivo pode parecer pouco, mas para vários municípios é muito. O que nós queremos é que, o mais rapidamente possível, os municípios tenham condições de construir essas unidades. Esse programa é fundamental, porque estamos falando de famílias de baixíssima renda, para pessoas que não tem condições de pagar uma prestação de uma casa”, explicou.
Os aditivos serão destinados a 44 municípios para a construção de 1.899 casas populares. Somados aos valores já repassados para aquisição de materiais de construções, o investimento do Estado nessas casas é de R$ 184 milhões.
A secretária da Setasc-MT, Grasielle Bugalho, afirmou que o programa Ser Família Habitação mostra a sensibilidade do Governo, que escutou as dificuldades das prefeituras.
“Nós temos certeza que em breve já vamos entregar várias dessas casas. Habitação é dignidade, mas também é sustento da família. O dinheiro usado para pagar um aluguel vai melhorar o sustento da família, vai para a segurança alimentar”, afirmou.
Podem ser beneficiadas pelo SER Família Habitação pessoas que pertençam a um grupo familiar cuja renda per capita não ultrapasse R$ 100, tendo preferência as pessoas com menor renda. Também é necessário morar no município há pelo menos cinco anos e não ter sido beneficiado em outro programa habitacional de interesse social.
O secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, lembrou que o Governo já ajudou a entregar mais de 7 mil casas de programas federais que estavam inacabadas e paralisadas por falta de recursos, como é o caso do Residencial Vida Nova, em Lucas do Rio Verde.
“Entregamos essas casas para que as pessoas tenham dignidade. Ao entrar em uma casa, você vira proprietário, aquele chão passa a ser seu, e isso é muito importante”, manifestou.
O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, destacou a parceria com os municípios.
“O governo sempre apoia as prefeituras nos momentos difíceis. Quanto mais eu converso com os prefeitos, mais eu entendo o desafio de governar esse Estado. Quanto mais crescemos, mais demandas recebemos de cada município”, disse.
Para o prefeito de Paranatinga, Marquinhos do Dedé, “todas as obras são importantes, mas trazer essa dignidade que é a primeira casa para as famílias é mais importante”. “Os prefeitos estão muito felizes, e eu só posso parabenizar o governador e a primeira-dama”, completou.
Já o deputado estadual Diego Guimarães lembrou que o impacto para as famílias é muito maior do que o financeiro.
“Impacta a vida das famílias com lembranças. Todo mundo lembra da primeira casa em que viveu, seja onde for. As melhores lembranças que temos em nossas vidas certamente foram nas nossa residências”, disse.
Também estiveram presentes no evento os deputados estaduais Eduardo Botelho, Valmir Moretto e Moacir Couto, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, e de Comunicação, Laice Souza, presidente do MT PAR, Wener Santos, presidente da Fiemt, Silvio Rangel, e superintendente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Rudinei Marcelo.
Municípios contemplados
Alta Floresta, Araguaiana, Araguainha, Araputanga, Arenápolis, Canabrava do Norte, Canarana, Comodoro, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D’Oeste, Glória D’Oeste, Guiratinga, Ipiranga do Norte, Itaúba, Itiquira, Juscimeira, Lambari D’Oeste, Lucas do Rio Verde, Mirassol D’Oeste, Nobres, Nortelândia, Nova Brasilândia, Nova Canãa do Norte, Nova Marilândia, Nova Xavantina, Paranaíta, Paranatinga, Pedra Preta, Ponte Branca, Porto Alegre do Norte, Querência, Ribeirãozinho, Santa Terezinha, Santo Afonso, São Félix do Araguaia, São José do Povo, São José do Rio Claro, São Pedro da Cipa, Sapezal, Sorriso, Tabaporã e Tapurah.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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