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Debatedores defendem capacitar a população para uso de tecnologias da informação

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Representantes do governo apontaram, nesta terça-feira (21), na Câmara dos Deputados, a necessidade de capacitar a população para o uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Na avaliação dos especialistas, sem o “letramento digital” da população, as desigualdades sociais serão ampliadas no Brasil.

Segundo o IBGE, em pesquisa divulgada no início do mês, a maioria das pessoas que não utilizaram a internet em 2022 eram pouco instruídas ou eram idosas. Os entrevistados disseram não acessar a rede por não saber usá-la (47,7%) e por não terem sentido necessidade de fazê-lo (23,5%).

O assunto foi abordado em seminário, organizado pelas comissões de Ciência e Tecnologia;  de Comunicação; e de Educação, sobre conectividade significativa. O conceito busca estabelecer os parâmetros mínimos de conectividade a que as pessoas devem ter direito.

Para o secretário-substituto de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Pedro Lucas Araújo, os dados obtidos pelo IBGE indicam carência de letramento digital na população. “Muito provavelmente, a pessoa que diz não ter interesse ou não sentir necessidade de acessar a internet não vê valor nesse recurso”, disse.

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Conecta e capacita
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, concorda que o País precisa “superar lacunas na inclusão digital”. Em agosto, o ministério lançou o Programa Conecta e Capacita, com o duplo objetivo de expandir e melhorar a qualidade da conectividade e de capacitar a população para lidar com a tecnologia.

O Conecta e Capacita foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O fato de estar no PAC é também uma conquista política, o que significa que será algo monitorado pelo presidente da República”, disse a ministra.

Melhorias
Na avaliação da presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, deputada Luisa Canziani (PSD-PR), o debate sobre parâmetros mínimos de conectividade para o cidadão passa pela melhoria da infraestrutura da rede. “Uma rede estável e de alta velocidade é imprescindível para o cidadãos explorar as funcionalidades e as aplicações disponíveis nos mais variados campos”, disse.

Já o presidente da Comissão de Comunicação, deputado Amaro Neto (Republicanos-ES), afirmou que o investimento em TICs é uma das agendas mais importantes do País. “A retomada da economia depende, mais do que nunca, do incentivo a conectividade e inovação tecnológica”, declarou.

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Educação
A representante do Ministério da Educação (MEC) Ana Fabbro defendeu a universalização da conectividade nas escolas públicas. Dados do IBGE mostram que, no Brasil, enquanto 98,4% dos estudantes da rede privada têm acesso à internet, nas escolas públicas esse número cai para 89,4%.

“Se não tivermos uma preocupação com a desigualdade de acesso, ela pode acabar aumentando a desigualdade da educação de uma forma geral”, disse Fabbro.

Em setembro o governo lançou um programa para promover o acesso à internet de qualidade nas mais de 138,3 mil escolas de educação básica do Brasil até 2026.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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