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Grupo Valter Bergamasco entra com pedido de recuperação judicial

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A Agropecuária Três Irmãos Bergamasco, formada pela família de produtores rurais Bergamasco, entrou com pedido de recuperação judicial na 4ª Vara Cível de Sinop, com passivo superior a R$ 124 milhões. O grupo que atua no agronegócio com cultivo de soja, milho e pecuária está presente nos municípios de Tapurah, Nova Mutum e Porto do Gaúchos totalizando mais de três mil hectares de terras.

De acordo com o processo, a família atua há mais de 50 anos, e apesar da experiência no negócio, sofreu com a baixa produtividade da safra, e o baixo preço das commodities, principalmente nas safras de 2022 e 2023, quando a estimativa de venda da saca da soja era de R$ 150, mas foi comercializada a R$ 100, causando grande prejuízo ao grupo.

No pedido de recuperação judicial, o escritório ERS Advocacia, responsável pelo processo, esclarece que apesar de toda experiência e dedicação da família ao negócio, os percalços financeiros acabaram cumulando com a dificuldade econômica do Grupo Valter Bergamasco.

Segundo Allison Sousa, Advogado do grupo, “Os produtores, além de colaborarem com a economia de Mato Grosso e do país, são responsáveis por inúmeros empregos diretos e indiretos, o que demonstra a importância social e a necessidade de preservação de suas atividades. Por isso necessitam da intervenção do Poder Judiciário para terem a oportunidade de negociar com todos os seus credores de uma única vez e em pé de igualdade, para demonstrar a eles que têm condições suficientes, se continuarem operando, de cumprir com as obrigações”.

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No pedido os produtores requerem ainda que, seja determinado o impedimento de desfazimento de qualquer bem essencial às atividades dos requerentes, em especial, o sobrestamento de qualquer ato expropriatório ou que retire da posse e propriedade dos devedores, bens e equipamentos essenciais às suas atividades enquanto durar a presente ação.

Em sua decisão a juíza da 4ª Vara Cível de Sinop, Giovana Pasqual de Melo nomeou a empresa, Jorge Gonso Consultoria Empresarial para verificação prévia dos documentos apresentados, que deverá indicar o preenchimento ou não dos requisitos legais para o processamento da recuperação judicial do Grupo Valter Bergamasco.

Dinheiro Novo – DIP

Como nas outras recuperações ajuizadas, Ramirhis Laura, também Advogada do grupo, entende que “a melhor chance de todos receberem é um aporte de fundos que investem exclusivamente em empresas que entram em recuperação judicial em vista da alteração da lei, que criou o empréstimo DIP, onde investidores estão ávidos por colocar dinheiro em empresas que se propõem a se reestruturar, como no caso dos grupos Caage e Gouveia, ajuizados recentemente, Já temos fundos interessados, nessa e nas RJs que ainda serão ajuizadas nos próximos dias.”

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Recuperação judicial em MT

De acordo com dados do Monitor de Recuperação Judicial no Brasil, somente no 3º trimestre 125 empresas entraram com pedido de recuperação judicial em Mato Grosso. No país mais de 3 mil empresas ingressaram com o pedido.. Essa é a 317a. Recuperação judicial de Mato Grosso no ano.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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