MATO GROSSO
“Falhamos como instituição; precisamos discutir sobre pena de morte”, diz Fábio Garcia
MATO GROSSO
O secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União) defendeu uma mudança na legislação para implementar prisão perpétua e pena de morte no Brasil para evitar casos como a chacina de Sorriso que matou quatro mulheres da mesma família.
Ausente da cadeira na Câmara Federal, Garcia deve retornar ao cargo em 2024 e garantiu “não ter dificuldade” em tratar sobre essa pauta.
“O que fica claro é que a gente precisa pensar nesse país e discutir prisão perpetua e até, em alguns casos extraordinários, pena de morte”, afirmou à imprensa.
“Não pode acontecer que pessoas de bem, cidadãos inocentes, possam ter suas vidas terminadas porque um cidadão desses possa, por conta das nossas leis, voltar a conviver na sociedade”, completou.
O debate sobre a mudança na legislação brasileira apelando para penas mais duras voltou a ganhar força entre os políticos de Mato Grosso devido à comoção que o caso de Sorriso causou na população.
O crime ocorreu entre a noite de sexta-feira (24) e a madrugada de sábado (25). Na ocasião uma mulher de 46 anos e suas três filhas, de 19,13 e 10 anos, foram brutalmente assassinadas pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos.
Além de esfaqueadas, três das vítimas foram estupradas pelo autor do crime. Garcia usou o caso para cobrar atitudes das instituições.
“Esse caso de Sorriso mostra que nós falhamos enquanto instituições, enquanto sociedade e como país. Jamais um cidadão como aquele poderia voltar a conviver em sociedade”, disse.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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