POLITÍCA NACIONAL
Conselho de Ética instaura processo contra Janones e arquiva processos contra deputadas do Psol
POLITÍCA NACIONAL
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou processo contra o deputado André Janones (Avante-MG) nesta quarta-feira (13). Apresentada pelo PL, a representação acusa Janones de exigir parte do salário de funcionários que trabalham em seu gabinete – prática popularmente conhecida como “rachadinha”. O relator do processo ainda não foi escolhido.
A denúncia contra André Janones tem por base gravações de uma reunião divulgadas pelo site Metropoles, nas quais o deputado propõe as contribuições. Em entrevista ao portal UOL e em postagens no antigo Twitter, o deputado afirmou que não fez nada errado. Disse que, em 2019, início da legislatura passada, antes de tomar posse como deputado federal, propôs uma vaquinha aos futuros funcionários do seu gabinete. Segundo ele, participaria quem quisesse e daria o valor que quisesse. Ele mesmo disse que participaria. O dinheiro arrecadado seria utilizado para pagar dívidas de todos eles feitas na campanha de 2016, quando concorreu a prefeito de Ituiutaba (MG), tendo sido derrotado.
Janones disse que esses futuros asessores que estavam na reunião eram um grupo de amigos que se reuniram em 2016 e bancaram a candidatura dele a prefeito, e todos ficaram endividados. Ao ser eleito deputado, ele disse que daria a esses amigos salários mais altos que aos demais assessores e propôs essa vaquinha para pagar as dívidas de todos. Ele afirmou que a vaquinha foi vetada por sua advogada e, embora não considera que fosse ilegal, nenhum dinheiro foi arrecadado ou gasto por ele.
Deputadas do Psol
Na mesma reunião, o Conselho de Ética arquivou denúncias contra as deputadas Célia Xakriabá (MG) e Sâmia Bomfim (SP). Elas são acusadas pelo PL de ofender o deputado Zé Trovão (PL-SC) durante a votação do requerimento de urgência para a tramitação do projeto que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Zé Trovão foi o autor do requerimento.
Segundo o partido, durante a votação, as deputadas chamaram o representante de Santa Catarina de assassino. A mesma acusação foi apresentada também contra outras quatro deputadas.
De acordo com o relator do processo contra Célia Xakriabá, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), a transcrição do debate no plenário não permite atribuir a autoria das ofensas à acusada. Em sua defesa, Célia Xakriabá já havia alegado que não foi ela a proferir os xingamentos.
Ao se defender durante o julgamento do Conselho de Ética, a deputada argumentou que cassar o mandato dela seria silenciar indígenas e mulheres.
Também no caso de Sâmia Bomfim, o relator, deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), concluiu que não havia provas concretas de que a deputada foi quem ofendeu Zé Trovão durante os debates no plenário.
Acusação de racismo
No último processo analisado nesta terça, o PT acusava o deputado André Fernandes (PL-CE) de cometer o crime de racismo durante a votação da reforma tributária. Em determinado momento do debate, Fernandes afirmou que, se o gênero mencionado na proposta era “gênero alimentício”, então raça deveria ser “raça de boi”. A fala foi interpretada como uma expressão de teor racista.
Assim como nos casos anteriores, o relator, que também foi o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), concluiu que a denúncia não procedia, e o caso foi arquivado.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Wilson Silveira
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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