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Câmara pode criar grupo para estudar proposta que reduz velocidade média das vias urbanas

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A Câmara dos Deputados pode criar um grupo de trabalho para dar agilidade à tramitação do projeto de lei que reduz para 50km/h a velocidade média nas vias urbanas (PL 2789/23). O assunto foi discutido na terça-feira (12) nas comissões de Saúde; e de Viação e Transportes.

O projeto, apresentado pelo deputado Jilmar Tatto (PT-SP), reduz de 80 para 60 km/h a velocidade nas vias urbanas de trânsito rápido e de 60 para 50 km/h nas vias arteriais.

O deputado Juninho do Pneu (União-RJ), que presidiu a reunião, propôs a criação do colegiado. “Vamos criar um grupo de trabalho. Acho que é muito importante para a gente encaminhar o assunto.”

Caso de Fortaleza
A exemplo dos demais participantes da audiência pública, a representante do Ministério da Saúde, Letícia Cardoso, defendeu a redução da velocidade e citou a bem-sucedida experiência da capital cearense, Fortaleza. A medida foi implantada pela prefeitura em maio.

“Existe um mito de que, se a gente reduz a velocidade dentro do perímetro urbano, os engarrafamentos aumentam”, disse Letícia. Mas, segundo ela, um estudo recente do trânsito em Fortaleza mostra que a readequação de velocidade não impactou no tempo de viagens.

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Risco maior
O técnico em Segurança Viária da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Victor Pavarino, citou conclusões de conferências internacionais sobre o assunto. “De todos os fatores de risco que a gente tem, de longe a velocidade continua sendo o principal.”

Segundo ele, a velocidade perpassa todos os demais fatores de risco, como não usar capacete ou dirigir depois de beber. “Quanto maior a velocidade, tanto maior são as consequências dos demais fatores”, encerra.

Motos
No Brasil, de cada cinco vítimas de acidentes de trânsito, três são motociclistas, segundo Pesquisa Nacional de Saúde, de 2019. Por isso, na opinião do representante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Carvalho, mais educação aos motociclistas seria uma importante medida.

“Nos últimos 25 anos, a participação das motocicletas em mortes por sinistros de trânsito eram menos de 5%, hoje já são 30%”, alerta.

Segundo ele, o Parlamento precisa modernizar as leis para se igualar aos modelos adotados em outros países e, por exemplo, reduzir a velocidade média e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos destinados a melhorar o trânsito, como o DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) e a Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico).

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Números
Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes de trânsito estão entre as 10 principais causas de morte em países de baixa e média renda. Além disso, são a sexta causa de perda de anos de vida por incapacidade.

No Brasil, em 2022, mais de 32 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito, e quase 200 mil passaram por internações, o que custou aos cofres públicos R$ 305,3 milhões.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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