MATO GROSSO
Sema recebeu mais de 1,1 mil animais silvestres resgatados em 2023
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) recebeu, em 2023, 1.107 animais silvestres, sendo 560 aves, 327 mamíferos e 220 répteis, resgatados pelo Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) e Corpo de Bombeiros Militar (CBM) ou por entrega voluntária à Gerência de Fauna Silvestre da Sema.
Entre as aves, o maior número de resgates foi de periquitos de encontro amarelo, sendo um total de 270 animais. Outros números expressivos foram de 49 papagaios verdadeiros, 48 pardais, 45 rolinhas, 32 curiós, 30 tucanos, 12 araras vermelhas, 11 urubus e 10 araras canindés.
Já dos mamíferos o maior número foi de gambás, 310 resgatados no ano. Também foram entregues à Sema 124 capivaras, 80 tamanduás-bandeira, 30 ouriços, 25 macacos da noite, 17 veados catingueiro, 13 antas, 11 cervos, 11 tamanduás-mirim, 3 onças pardas e 1 onça pintada, entre outros.
Dos répteis foram 225 jabutis, 150 jiboias, 104 tracajás e 66 jacarés resgatados.
Anta Pitanga
Antas
Entre os animais resgatados pela Sema está Fred, uma anta adulta de 160 quilos que foi socorrida com lesões gravíssimas no rosto, que infeccionou, além de um quadro de pitiose, enfermidade do tecido subcutâneo causada por banhos em água contaminada pelo fungo. Apesar da pouca chance de sobreviver, o animal se recuperou e foi solto na Reserva Ecológica Cunhataí Porã, em São Jose do Rio Claro, onde vive livre.
Ameaçados de Extinção
Entre os animais ameaçados de extinção, uma águia-cinzenta foi resgatada no município de Ribeirão Cascalheira após aparecer em uma residência. Ela foi levada pela Gerencia de Fauna Silvestre da Sema para um recinto de reabilitação no Santuário dos Elefantes, em Chapada dos Guimarães, onde treinará voo até estar apta a voltar à natureza.
A Sema levou, também, um cachorro vinagre que foi resgatado em Mato Grosso para o BioParque Vale Amazônia, no Pará. A fêmea adulta foi resgata pela concessionária Via Brasil próximo à rodovia na região de Sorriso sem traumas e fraturas e passou por tratamentos hormonais para viabilizar a reprodução. Ela foi colocada em um recinto definitivo onde está abrigado um macho da mesma espécie, com intenção de perpetuar a espécie.
Dois gatos-mouriscos, resgatados em 2020 durante o período de queimadas em Rondonópolis, foram soltos em Barão de Melgaço em 2023. Os felinos foram resgatados sem ferimentos, mas, por serem filhotes, não foi possível a reintegração imediata à natureza, então ficaram abrigados na pousada Rio Mutum, em Barão de Melgaço, por três anos, até o início da soltura branda em uma área ecológica.
Gato-mourisco.
Outros destaques
Em 2023, um total de 45 corujas foram resgatadas no Estado, sendo que o segundo semestre registrou uma quantidade alarmante de filhotes retirados dos ninhos: 22 apenas entre julho e setembro. No mês de setembro, oito filhotes de corujas foram devolvidos à natureza. A Sema fez alertas à população para não retirar os filhotes dos ninhos, que ficam alojados principalmente em igrejas ou próximos de residências.
Uma tamanduá-bandeira fêmea, resgatada em Poconé após ter sido atropelada próximo à Rodovia Transpantaneira, foi levada pela Sema ao Santuário dos Elefantes, em Chapada dos Guimarães, onde continuará a reabilitação devido às sequelas do acidente. O animal foi resgatado em estado grave e estava na companhia de um filhote, que não sofreu ferimentos e foi encaminhado junto com a mãe para o recinto ecológico.
Em agosto, a Sema realizou a soltura de 9 aves que estavam com uma tutora de Várzea Grande, em reabilitação. De origem diversa, as aves estavam em um recinto onde foi possível treinarem voos, o que as tornou aptas a retornar à natureza. Elas foram soltas na pousada Rio Mutum, na região de Mimoso, em Santo Antônio de Leverger. As espécies são 7 periquitos-de-encontros-amarelos, 1 periquitão-maracanã e 1 maraca.
Tamanduá bandeira.
Orientações
A Sema orienta que, ao se deparar com crimes contra animais silvestres, a população denuncie por meio da Ouvidoria no número 0800 065 3838, ou em uma das unidades regionais.
Se encontrar animais silvestres que necessite de resgate, acione a Polícia Militar pelo 190 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193. O procedimento é importante para evitar riscos desnecessários tanto a saúde tanto do animal como do cidadão.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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