MATO GROSSO
Programa do Governo de MT para impulsionar negócios criativos chega à fase final
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“Estamos muito orgulhosos da jornada que os projetos selecionados fizeram até aqui. Independentemente do resultado desses três dias de pitch, já podemos perceber os resultados de crescimento obtidos com a aceleração. Assim como na primeira edição, as capacitações trouxeram muitos avanços aos negócios criativos, todos são vencedores!”, destacou a superintendente de Desenvolvimento da Economia Criativa na Secel, Keiko Okamura.
As 20 iniciativas foram selecionadas em junho de 2023 após inscrição em edital e passaram por um ciclo de aceleração com mais de 1.700 horas de mentorias em gestão, inovação, impacto social, gestão financeira, captação de recursos e comunicação. A jornada de capacitação tem o objetivo de possibilitar o desenvolvimento sustentável e rentável desses negócios criativos.
Dentre os projetos que estão sendo avaliados pela banca e disputarão o prêmio, 65% são comandados por mulheres, 60% têm pessoas pretas e pardas como líderes e 25% são liderados por pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Além disso, 40% dos empreendimentos estão localizados no interior de Mato Grosso.
A “Bodega Pantaneira – Loja Colaborativa”, do município de Santo Antônio Lerverger, por exemplo, promove o ecoturismo associado à comercialização de produtos oriundos da região pantaneira, dando visibilidade aos artesãos e mestres da cultura popular na região.
A “Afrotours”, de Poconé, é uma agência de turismo afro que propõe experiências imersivas em comunidades quilombolas do Pantanal Norte, trazendo uma proposta que vai além do bioma e valoriza a população tradicional, fundamental para a preservação da região.
Já a produtora independente de eventos LGBTQIA+ Oddly, de Cuiabá, está formatando uma ONG, a “Cidadão Oddly” para atuar na capacitação de travestis e transexuais para sua inserção no mercado de trabalho.
De acordo com a gerente executiva de Programas, Projetos e Comunicação do Oi Futuro, Carla Uller, os temas desenvolvidos pelos projetos participantes no MOVE_MT 2 valoriza ainda mais a diversidade da população mato-grossense.
“Com o segundo ciclo do MOVE_MT, alcançamos novos municípios e grupos sociais, muitos deles liderados por mulheres e grupos minorizados. O instituto Oi Futuro segue no propósito de impulsionar empreendedores da economia criativa em todo o país e pretende replicar o modelo de sucesso do MOVE_MT para outros estados brasileiros com novos parceiros”, afirmou.
Ao final do processo, os cinco projetos vencedores realizarão um intercâmbio no Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, para uma imersão na economia criativa da cidade, além de receberem o aporte financeiro.
Conclusão de ciclo
Durante a banca final de pitch – breve apresentação sobre o negócio ou produto – as iniciativas serão avaliadas por experientes profissionais da indústria criativa e da área de impacto social, que trarão contribuições para ajudar os empreendedores em formação a aprimorarem seus negócios e organizações.
Entre os integrantes da banca, que ocorre em ambiente virtual, estão nomes como Mayran Benicio, presidente do Desenvolve MT – Agência de Fomento do Estado do Mato Grosso; Cristiana Velloso, consultora ESG do Instituto Phi, com mais de 20 anos de experiência em gestão de projetos sociais; e Leonardo Batista, gestor de ações educativas do Programa Cultura do Departamento Nacional do Sesc.
Na primeira edição do MOVE_MT, finalizada em maio de 2022, as iniciativas mato-grossenses “Sumac Records”, “Encontrei lá Brechó”, “Delícias da Rozi”, “ArtGi Empreendimento Sustentável” e “Cadju Filmes” foram escolhidas as vencedoras da primeira edição do MOVE_MT e dividiram um prêmio de R$ 257 mil para impulsionar seus negócios.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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