MATO GROSSO
Secretaria Municipal de Saúde alinha ações para ampliar testagens e debate fluxo assistencial de Unidades de Pronto Atendimento
MATO GROSSO
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, nesta terça-feira (23), reunião para alinhar medidas de combate à Covid-19 em Cuiabá. Uma das medidas será a ampliação da testagem de casos da doença no município.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde apresentou aos coordenadores de unidades de pronto atendimento e policlínicas do município um panorama sobre a subvariante JN 2.5, ressaltando a importância da realização de testagens em pacientes com suspeitas da doença.
Foram distribuídos testes do tipo RT-PCR, com alto grau de precisão na detecção do vírus, e prestadas informações de registros dos casos no sistema E-SUS. Importante ressaltar que, no caso de pacientes com suspeita da doença e com sintomas leves, recomenda-se a busca por atendimento em unidades básicas, reservando os casos mais graves para unidades de pronto atendimento.
Também foi reforçada a orientação de vacinação do grupo de risco, para evitar casos graves da doença e internações, conforme o cronograma do Ministério da Saúde.
“Estamos monitorando a situação da Covid-19 no município e alinhando ações para manter o atendimento em Saúde em bom funcionamento”, afirmou o secretário de Saúde, Deiver Teixeira.
Outra pauta da reunião, com a presença dos Coordenadores das UPAs e Policlínica do Pedra 90, junto à equipe técnica, foi o fluxo assistencial dessas unidades, onde foi debatido o perfil epidemiológico de atendimento, produtividade da equipe, tempo de espera, internações, dificuldades nas transferências dos pacientes para as unidades hospitalares, bem como o atendimento a pacientes residentes no interior do Estado, fatores estes que, combinados, colapsam as unidades com superlotação.
Segundo o secretário-adjunto de Atenção Especializada e Vigilância em Saúde, Oscarlino Alves, está sendo feito um trabalho de coordenação gerencial para melhorar o fluxo assistencial do município.
Por meio do Consórcio do Vale do Rio Cuiabá, foram disparados processos para aquisição de medicamentos e insumos para as unidades de pronto atendimento, com previsão de entrega nos próximos 10 dias, e está sendo avaliada a capacidade de atendimento destas remessas.
“Precisamos lembrar que mais de 50% dos pacientes das unidades de pronto atendimento estão com classificação de risco sem urgência (cor verde), isto é, são pacientes com quadros que não são graves e que poderiam ser atendidos em unidades básicas de saúde. Temos dados estatísticos que comprovam esses números e estamos avaliando o que deve ser feito nos próximos dias”, afirmou Oscarlino.


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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