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“Câmeras nas fardas é factoide; o que precisamos é de leis mais duras e inteligentes para enfrentar o crime”, aponta governador

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Em entrevista à Jovem Pan News, na segunda-feira (29.01), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, defendeu “leis mais duras e inteligentes” para reduzir a criminalidade no país, ao invés de discutir o uso ou não de câmeras nas fardas da Polícia Militar.

Mauro recordou que, nos últimos 40 anos, os principais indicadores de Segurança Pública pioraram no Brasil, em especial o de homicídios.

“Em 1980, nós tínhamos 11 assassinatos por um conjunto de cada 100 mil. habitantes. Hoje já passa de 22, ou seja, 100% de aumento em 40 anos. 25% dos roubos de celulares no mundo acontecem no Brasil. Nós temos 10% dos assassinatos do mundo, mesmo representando só 2% da população mundial. Nós estamos entre os países que mais investem em segurança, mas estamos entre os países mais violentos do mundo. Das 30 cidades mais violentas do mundo, 10 estão no Brasil”, informou.

Para o governador, estes dados mostram que a condução nas leis e politicas para a Segurança Pública não tem funcionado, fato que tem feito a criminalidade perder o medo e respeito pelas instituições.

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“O bandido perdeu o respeito, perdeu o medo da Polícia, perdeu medo da Justiça. Mós prendemos um cara com 300 kg de maconha no estado de Mato Grosso. Dois dias depois, ele estava solto na rua na audiência de Custódia. Pode um negócio desse?”, questionou.

Entre as medidas eficientes defendidas por Mauro Mendes está o endurecimento da pena para aqueles que cometem o crime de receptação de produtos roubados.

“Nós temos que desestruturar as cadeias de crime no Brasil. Há milhões de pessoas roubando celular. Agora, deveriam prender e colocar 40, 50 anos na cadeia aquele que recepta produto roubado. Se o cara que rouba não tiver pra quem vender, pra quê vai roubar? Então isso seria desmantelar o crime por dentro”, opinou.

Conforme o governador, esse tipo de legislação inteligente e dura consegue mudar o padrão de comportamento da sociedade.

“Um exemplo é a lei de trânsito. Na questão de velocidade, todo mundo sabe que se você passar o limite dentro da cidade, vai tomar uma multa de R$ 100 e poucos reais. Então 90% das pessoas desaceleram onde tem um radar, depois acelera. Se esquecer, vem uma multa, que é baixa, e nada muda. Agora, se beber e dirigir, a multa é alta, tem que pagar fiança, apreende o carro. E isso tem mudado a cultura. Muita gente usa Uber, ou combina com alguém que não vai beber pra levar de volta, porque sabe que o risco é alto. Porque a lei foi inteligente e capaz de normatizar um padrão de comportamento na sociedade”, pontuou.

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Mauro Mendes defendeu que a classe política precisa se debruçar sobre esses temas, ao invés de debater questões como o uso ou não de câmeras nas fardas dos policiais.

“Essa discussão não resolve nada, só desvia o foco. O problema da Segurança não está em câmera ou não na farda. Isso é um factoide pra chamar a atenção e não resolver aquilo que precisa ser resolvido”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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