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Aprosoja reclama de levantamentos da Conab e governo promete acompanhar situação

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Os dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra de soja 2023/24 estão sendo contestados pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), que expressou sua preocupação em um comunicado.

Segundo a entidade, as informações da Conab não condizem com a realidade e contribuem para a desvalorização do preço da soja em uma temporada agrícola marcada por desafios climáticos, resultando em impactos significativos no rendimento das lavouras.

Diante dessa situação, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, anunciou nesta terça-feira (30.01) que o ministério irá acompanhar o novo levantamento da safra de grãos que está sendo realizado pela Conab.

Geller, entretanto, defendeu os números apresentados pela estatal e rebateu as críticas da Aprosoja. Durante uma reunião conjunta das câmaras setoriais da soja e do milho no Ministério da Agricultura, Geller afirmou: “Vieram questionamentos em relação ao levantamento de safra. Estamos acompanhando de perto o novo levantamento que está sendo feito, a Conab deve apresentar os números até dia 9 [de fevereiro].”

Ele assegurou que os números projetados pela Conab estão alinhados com as estimativas de consultorias privadas e ressaltou a importância de respeitar a metodologia da Conab, acumulada ao longo de mais de duas décadas. Geller antecipou que o próximo levantamento será mais detalhado, especialmente se houver uma quebra mais acentuada na safra.

Sobre a prorrogação de dívidas, Geller mencionou que a discussão ainda está em estágios iniciais no governo, apontando para um impacto financeiro considerável, e que a nova linha em dólar para capital de giro será anunciada nos próximos dias.

Veja, na íntegra, a nota da Aprosoja:

“Mato Grosso enfrentou diversas ondas de calor e longos períodos de estiagem na safra de soja 2023/24, que influenciaram diretamente na produtividade da oleaginosa. Pesquisas feitas pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e Aprosoja Brasil apontam uma redução de mais de 20% no estado e mais de 12% em todo país.

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Apesar dessa percepção de quebra expressiva, colhida por meio de pesquisas com os produtores, os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão defasados, apontando uma “safra recorde” no país, em 155 milhões de toneladas.

Para o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, os dados oficiais têm prejudicado os agricultores. Isto porque os números que mais refletem no mercado são os da Conab, pois são oficiais, apesar dos levantamentos das Aprosojas e de outras consultorias privadas apontarem para outro cenário.

“No campo, todos os produtores discordam desses números da Conab e se mostram até revoltados, pois têm prejudicado muito a renda do agricultor”, afirma Lucas.

Em seu último levantamento, divulgado no dia 10 de janeiro, a Conab ainda indicava uma safra de 155 milhões de toneladas, 0,4% superior à produção alcançada na temporada anterior. Por outro lado, pesquisas feitas pela Aprosoja Brasil, junto com as demais Aprosojas, apontam para uma produção de 135 milhões de toneladas, diferença de 20 milhões de toneladas.

A próxima divulgação de safra da Conab será dia 8 de fevereiro. Para o presidente da Aprosoja-MT, uma das formas de o governo ajudar o sojicultor a superar essa crise seria a alteração na metodologia de pesquisa da Conab, trazendo números que reflitam melhor a realidade do campo para o mercado de commodities.

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Lucas calcula que um eventual aumento na cotação da soja, na casa dos R$ 10 por saca, considerando uma produtividade de 50 sacas por hectare, injetaria R$ 22 bilhões a mais na economia brasileira. Já no cenário mato-grossense, o aumento seria de mais de R$ 6 bilhões, gerando mais movimento na economia e na geração de empregos.

“Nos preocupa muito a metodologia que a Conab tem usado para fazer esses levantamentos, já que o agricultor, que é quem melhor conhece a sua lavoura, não concorda com esses números. O que o governo pode fazer agora para iniciar ajudando o produtor é buscar uma nova metodologia, realinhar esses números com a realidade das lavouras, para que possa trazer justiça e preços coerentes”, destaca.

Nesta semana, a entidade inicia mais uma rodada de pesquisa junto a seus associados para levantar dados mais precisos da safra de soja em Mato Grosso.

Cotação em queda – Desde o início do plantio da soja em Mato Grosso, a cotação da soja caiu 18%, apontam os números do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em 15 de setembro de 2023, a soja disponível em Sorriso, maior produtor da oleaginosa no país, estava cotada em R$ 119, mas o valor foi se depreciando até chegar em R$ 97,50, na última sexta-feira (26.01).

Esse valor é insuficiente até mesmo para o cobrir seus custos de produção, o que deve fazer com que sojicultores de Mato Grosso enfrentem muitas dificuldades na safra. Na última semana, a Aprosoja-MT também enviou um ofício ao Mapa com sugestões de medidas para amenizar a crise”,

Fonte: Pensar Agro

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Aprosoja MT Apresenta Propostas ao Governo de MT para a Regulamentação da Lei da Moratória da Soja

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) entregou, nesta segunda-feira (23.12), suas contribuições ao Governo de Mato Grosso para a regulamentação da Lei nº 12.709/2024, em conformidade com o acordo recentemente firmado com o governador Mauro Mendes. A legislação, que busca eliminar barreiras comerciais impostas por empresas que adotam práticas antieconômicas, é um marco importante na defesa da livre iniciativa e no desenvolvimento socioeconômico equilibrado dos municípios de Mato Grosso, com ênfase na redução das desigualdades sociais.

As propostas apresentadas pela Aprosoja MT reforçam os objetivos estabelecidos no inciso I do artigo 2º da lei, destacando a importância de impedir tentativas de manter a Moratória da Soja por meio do artigo 4º. O governador já havia expressado sua preocupação com essa possibilidade e comprometeu-se a garantir que o decreto regulamentador seja claro e abrangente o suficiente para evitar subterfúgios, como a transformação da Moratória em políticas institucionais ou a modulação de restrições por áreas delimitadas, como polígonos ou talhões. A continuidade dessas práticas violaria os princípios constitucionais e as normas da ordem econômica do Brasil.

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Para a Aprosoja MT, essas diretrizes são fundamentais para proteger a soberania das leis nacionais e garantir que os produtores rurais de Mato Grosso não sejam prejudicados por práticas discriminatórias ou arbitrárias.

“O compromisso do governador em assegurar um decreto claro e efetivo renova a confiança dos produtores no fim deste conluio comercial que há tanto tempo prejudica o setor. As contribuições da Aprosoja preveem o respeito ao devido processo legal, ampla defesa e contraditório às empresas, permitindo o atendimento a mercados com demandas específicas sem penalizar o produtor brasileiro que segue rigorosamente as leis nacionais. Nosso objetivo é construir um ambiente econômico justo e sustentável para todos”, afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.

A Aprosoja MT reafirma seu compromisso com a restauração da segurança jurídica para milhares de famílias agricultoras que, após quase duas décadas de abusos econômicos por grandes corporações, agora têm a esperança de dias mais justos e melhores. A entidade acredita que o fim desse acordo trará benefícios para toda a sociedade mato-grossense, promovendo o desenvolvimento sustentável e a diminuição das desigualdades sociais.

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A Aprosoja MT também expressa seu agradecimento e parabeniza o governador Mauro Mendes pelo comprometimento e pela condução firme no combate à Moratória da Soja, além do tratamento justo a todos os cidadãos de Mato Grosso, o que fortalece a justiça e a competitividade do setor produtivo estadual.

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