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Ciosp registra mais de 36 mil chamadas de falsas emergências em Cuiabá e Várzea Grande

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O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), responsável por atender chamados de emergência, recebeu 36.342 trotes em Cuiabá e Várzea Grande, no período de um ano. Deste total, 22.922 chamadas foram feitas por adultos e 13.420 por crianças.

Os dados foram registrados do início de fevereiro de 2023 a fevereiro de 2024. Neste período, foram 829.630 ligações recebidas pela unidade vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). A quantidade de trotes representa cerca de 4% do total de chamadas.

O coordenador do Ciosp, delegado Cláudio Alvarez Sant’Ana, ressalta a importância da conscientização sobre as consequências desta prática.

“O trote e a mobilização desnecessária das forças de segurança podem gerar danos a quem realmente precisa de atendimento. Enquanto uma linha é ocupada por uma falsa denúncia, alguém em situação de emergência, com uma ocorrência verídica, pode estar à espera”, ressalta.

O Ciosp realiza a orientação a população e solicitantes em geral já no início do atendimento por meio de gravação telefônica.

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“Além do alerta logo no início da ligação, os atendentes da linha de emergência são treinados e capacitados para identificar trotes com muita cautela, para certificar que a chamada é verdadeira, fazendo, assim, uma sequência de perguntas no início da conversa”, explica o assessor técnico do Ciosp, Leandro Alves.

Atuando no setor há 18 anos, o assessor técnico lembra de um trote ocorrido no dia sete de maio de 2012, quando mais de 80 homens da Segurança Pública e socorristas do Samu se mobilizaram para um falso sequestro com reféns. O autor do trote foi rastreado pela Inteligência e preso.

“O trote aos serviços de emergência é um crime previsto no Código Penal. Quando identificado, o autor é enquadrado no artigo 340 e responde por falsa comunicação de crime ou de contravenção. A pena é detenção de um a seis meses ou multa”, salienta Leandro Alves.

O Ciosp recebe chamados direcionados a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal de Várzea Grande, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e Politec, por meio por meio dos números 190, 197, 181 e 193.

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Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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