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Representantes de MT debatem políticas públicas culturais em conferência nacional

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Representantes culturais de Mato Grosso participam, até a próxima sexta-feira (08.03), da 4ª Conferência Nacional da Cultura (CNC), que ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). Com o tema “Democracia e Direito à Cultura”, a 4ª CNC foi aberta oficialmente na noite dessa segunda-feira (04), com a presença do presidente Luiz Inácio da Silva, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e outras autoridades federais.
Participam do evento 55 delegados mato-grossenses que foram eleitos na Conferência Estadual de Cultura realizada em outubro do ano passado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
“É um ambiente especial de debate e de construção de políticas públicas. Conseguimos trazer uma grande diversidade de participantes de todo o Estado”, destaca o secretário adjunto de Cultura da Secel, Jan Moura.
De acordo com o secretário adjunto, há um apontamento pela nacionalização da cultura, em que todos os Estados podem não apenas acessar recursos financeiros de fomento como também ter voz e vez na construção das políticas públicas culturais do Brasil.
“Mato Grosso está deixando de ser coadjuvante na construção de políticas públicas para a cultura de todo o país. O Estado tem um potencial gigantesco na área cultural, por sua diversidade, extensão territorial e por sua capacidade de produção. Por isso é tão importante estar aqui presente e construindo junto”, explica Jan Moura.
Reunindo cerca de 3 mil pessoas, a Conferência é considerada a instância máxima de participação social no âmbito cultural do país. Dentre os participantes, que incluem convidados e observadores, cerca de 1.500 são delegados eleitos nas conferências regionais e estaduais para, agora, indicarem as diretrizes e prioridades na elaboração do Plano Nacional de Cultura.
Para Rosa Dilma da Silva, que é de Porto Alegre do Norte e representa o território do Araguaia, participar da Conferência é uma oportunidade de aprendizado que traz expectativas para o desenvolvimento cultural da região.

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“Quero levar muito aprendizado e aproveitar cada debate para ajudar na implementação de políticas culturais para nossa região e Estado”, afirma.

Representando as comunidades ciganas mato-grossenses, o cigano calon Marcos Gattas tem como expectativa o reconhecimento e a visibilidade do segmento. “Esperamos que a partir daqui tenhamos respostas e diretrizes que reconheçam nossa existência, porque nós, ciganos, existimos, e fazemos parte da construção da cultura de Mato Grosso e do Brasil”.
Reconhecimento como fazedores de cultura é também a expectativa da representante mato-grossense dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana, a Iyá Rosana de Omolu.

“É de extrema importância nossa presença no evento, para que nossas pautas sejam reconhecidas e instituídas como políticas de Estado e não só de Governos. Precisamos desse reconhecimento, pois, afinal, até pode existir uma história do povo de matriz africana sem o Brasil, mas não existe uma história do Brasil sem o povo preto”, enfatizou Rosana.

A 4ª Conferência Nacional da Cultura
A 4ª CNC é realizada pelo Ministério da Cultura (MinC) e pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), e correalizada pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI).
No evento, estão sendo debatidas as políticas públicas culturais e definidas orientações prioritárias para assegurar transversalidades nas ações do setor. As propostas aprovadas irão embasar as diretrizes do novo Plano Nacional de Cultura (PNC), que nortearão as ações federais na próxima década.
A programação inclui atividades artísticas, Encontros Nacionais Setoriais, Encontros Nacionais de Gestores, rodas de conversas e atividades de capacitação e diálogos não deliberativos.
As plenárias para definição de diretrizes que nortearão o Plano Nacional de Cultura são distribuídos em seis eixos temáticos: Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura (Eixo 1); Democratização do acesso à cultura e Participação Social (Eixo 2); Identidade, Patrimônio e Memória (Eixo 3); Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural (Eixo 4); Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade (Eixo 5); e Direito às Artes e Linguagens Digitais (Eixo 6).

Fonte: Governo MT – MT

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Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

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Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.

O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).

Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.

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O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.

Os impactos das obras inacabadas

Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.

Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.

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Propostas de soluções e próximos passos

Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.

“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.

A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.

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