POLITÍCA NACIONAL
Sessão solene homenageia 60 anos da Campanha da Fraternidade e ressalta necessidade de união em meio a guerras e polarização
POLITÍCA NACIONAL
Os 60 anos da Campanha da Fraternidade, promovida pela Igreja Católica no Brasil no período da Quaresma (entre a Quarta-feira de Cinzas e a Páscoa), foram homenageados em sessão solene da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (12).
Parlamentares e convidados fizeram uma reflexão sobre o tema deste ano: “Fraternidade e Amizade Social”. Eles apontaram a polarização política e as guerras – como os conflitos entre Israel e Palestina e entre Rússia e Ucrânia – para salientar a importância do lema da campanha, “Vós Sois Todos Irmãos e Irmãs”, baseado em um versículo da Bíblia.
Os participantes da homenagem fizeram um histórico da Campanha da Fraternidade, que nasceu em âmbito regional, no Rio Grande do Norte, e depois se tornou nacional. Muitos destacaram que parte desta história coincidiu com o período da ditadura militar no Brasil.
Pilar na promoção da ética
A sessão solene foi proposta por 12 deputados de três partidos. Um deles, Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), afirmou que a Campanha da Fraternidade tem sido um pilar na promoção de valores éticos na sociedade. “E a cada edição vem sempre contribuindo para a manutenção do tecido social brasileiro, promovendo profundas reflexões sobre os principais temas do século 20 e agora do século 21”, disse o deputado.
Outros parlamentares ressaltaram que a amizade social expressa no tema deste ano pode superar preconceitos e o individualismo no esforço de enfrentar as grandes questões sociais. Eles lembraram ainda que a polarização e a divergência trazem a intolerância e o ódio por quem pensa diferente.
Intolerância religiosa
Além dos líderes católicos, a sessão solene contou com a presença de Adna Santos, a Mãe Baiana de Oyá, uma liderança do candomblé. Ela falou sobre a intolerância religiosa, recordou as agressões aos terreiros e falou da importância do ecumenismo ao ler o trecho de uma carta que ainda espera conseguir enviar ao Papa Francisco.
“Uma atitude de abertura na verdade, no amor, deve caracterizar o diálogo de pessoas de diferentes religiões. Enquanto líder religiosa do candomblé, muito nos conforta observar que as palavras e gestos de Vossa Santidade têm semeado a compaixão, a benevolência e o respeito à diversidade, divulgando o Evangelho que abençoa e acolhe o próximo”, discursou Adna Santos.
Exemplo da Câmara
O padre Jean Paul, coordenador nacional da Campanha da Fraternidade, sugeriu que a Câmara também coloque em prática os parâmetros do tema lançado neste ano.
“É daqui que deve nascer o testemunho, o exemplo de uma verdadeira amizade social. A polarização que nós vivemos não é exclusivamente política, mas nós a experimentamos com força no ambiente político”, disse Paul. “Se nós experimentamos a chaga no ambiente político, por que não experimentar também o remédio?”, sugeriu o religioso.
Gestos concretos
Primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, entidade que coordena a Campanha da Fraternidade, dom João Justino lembrou o que chamou de “gestos concretos” da campanha, como a coleta para o Fundo Nacional de Solidariedade, que, em 2023, arrecadou cerca de R$ 7 milhões, distribuídos a 300 projetos sociais.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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