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Defensoria pede e Justiça concede prisão domiciliar a mãe detida com 8 meses de gestação e doença crônica

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A. da S.W., 34 anos, portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica, estava grávida de 8 meses quando foi presa em Sapezal, em setembro do ano passado

Após pedido da Defensoria Pública (DPMT), a Justiça determinou, no dia 27 de fevereiro, a substituição da prisão preventiva de A. da S.W., 34 anos, pela prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.

A acusada estava grávida de 8 meses quando foi presa em flagrante, no dia 1º de setembro do ano passado, em Sapezal (473 km de Cuiabá). Após a expedição do alvará de soltura, ela passou a morar com a mãe e os filhos.

“Foi traumatizante. A gente achou que ela ia perder o bebê. Graças a Deus, ela está feliz agora, cuida da casa, das crianças, e espera resolver toda essa situação logo”, afirmou a avó, de 60 anos, que tem próteses de titânio na perna esquerda e se locomove por meio de muleta ortopédica devido a um acidente de carro há quatro anos.

A. da S.W. é mãe de um menino de 5 anos e da bebê, hoje com apenas 4 meses de vida. Ela é portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), adquirida em decorrência de Covid-19, com quadro de pneumonite hipoalergênica.

No dia 3 de setembro, ela passou por audiência de custódia, na qual foi indeferido o pleito de substituição da prisão preventiva pela domiciliar. Com isso, A. da S.W. foi encaminhada à Cadeia Pública Feminina de Nortelândia (229 km de Cuiabá), onde ficou detida por cinco meses.

A filha dela nasceu no dia 13 de outubro no Hospital Municipal São João Batista, em Diamantino, e permaneceu com ela no presídio até os 2 meses de idade.

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De acordo com a família, uma reeducanda ameaçou machucar a criança, que foi entregue aos cuidados da avó materna, M.A. da S.W.

A idosa ainda relatou à Defensoria que, não bastassem os problemas de saúde, não tinha condições financeiras de cuidar dos dois netos, que, assim como a mãe, também têm complicações respiratórias e precisam utilizar bombinha, fazer inalação, além de outros medicamentos.

“Esse foi um caso especial que comoveu todo o núcleo. Sobretudo, com base no princípio do superior interesse da criança, que só tem 4 meses de idade. A mãe estava presa preventivamente e ambas estavam cumprindo uma pena de um processo que sequer foi sentenciado”, ressaltou a defensora pública Camila da Silva Maia, que atuou no caso.

Diante disso, a Defensoria de Sapezal impetrou um habeas corpus, bem como um pedido de revogação da prisão preventiva, em novembro, pelo fato de a acusada possuir filhos menores de 12 anos, como prevê o art. 318 do Código de Processo Penal (CPP). Porém, ambos os pedidos foram negados pela Justiça.

“A vó veio ao nosso núcleo duas vezes. Ela era testemunha no processo e poderia fazer a audiência virtual dentro do conforto do seu lar, poderia ter ido ao Fórum, mas achou que na Defensoria estaria mais segura. Ela tem mobilidade reduzida e nossa unidade é acessível. Ela veio com os dois netos. Durante a audiência, o mais velho brincou na nossa brinquedoteca e a bebê ficou tão confortável que dormiu no colo de uma das servidoras”, , revelou Camila.

Inconformada com a negativa, a defensora protocolou, no dia 27 de fevereiro, um novo pedido de revogação da prisão preventiva, com fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana e na teoria da derrotabilidade da norma e, subsidiariamente, a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares diversas da prisão ou pela prisão domiciliar.

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A derrotabilidade da norma jurídica significa a possibilidade, no caso concreto, de uma norma ser afastada ou ter sua aplicação negada, sempre que uma exceção relevante se apresente, ainda que a norma tenha preenchido seus requisitos necessários e suficientes para que seja válida e aplicável, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Finalmente, em audiência realizada no mesmo dia, com parecer favorável do Ministério Público, o juiz determinou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar. Além disso, dentro da ação penal (conforme art. 1.609 do Código Civil), o juiz homologou o reconhecimento da paternidade em favor de A. da S.W.

“Houve economia processual, visto que não foi necessário mobilizar novamente o Judiciário para reconhecer essa paternidade. E nós garantimos os direitos da assistida e sobretudo das crianças. O bebê teve seu direito duplamente garantido – teve o seu pai reconhecido na certidão de nascimento e voltou a ser cuidada pela sua mãe”, salientou a defensora.

O pai é D.D. de O., 25 anos, companheiro dela, atualmente recluso na Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis. Os dois foram detidos pela polícia e denunciados pelo Ministério Público pelos supostos crimes de tortura e tráfico de drogas.

“O marido dela nunca fez nada de errado. É um homem trabalhador, de carteira assinada. A gente tem fé que os dois vão responder em liberdade”, declarou a avó.

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Atletas de Mato Grosso e de Rondônia disputam o cinturão do MT Warriors; confira o card completo

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Os 28 atletas que participarão da segunda edição do MT Warriors Championship já foram definidos, e o card completo contará também com duas lutas femininas. Na disputa pelo cinturão, sobem ao ringue Wesley Almeida (RO) e Mateus Gomes (MT).

O evento, que reúne o melhor do kickboxing profissional em Mato Grosso, será realizado no dia 20 de dezembro, a partir das 19h, no Palácio das Artes Marciais. A entrada é gratuita.

Além da consagração no ringue, os três campeões mais destacados garantirão vagas no WGP Kickboxing, o maior evento da modalidade na América Latina. A premiação total ultrapassa R$ 50 mil, reforçando o caráter profissional e competitivo do campeonato. Participam das lutas atletas de Mato Grosso, Rio de Janeiro, Campo Grande, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. A pesagem oficial será realizada um dia antes do evento.

“Depois do sucesso da primeira edição, os atletas já se preparam para uma nova disputa que vem impulsionando o crescimento do kickboxing em Mato Grosso”, afirmou o presidente da Federação de Kickboxing do Estado de Mato Grosso (FKBEMT), Mateus Wesley Nogueira Noya.

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O evento tem chancela da Confederação Brasileira de Kickboxing Profissional (CBKB PRO) e da World Association of Kickboxing Organizations Professional (WAKO PRO), garantindo reconhecimento nacional e internacional aos atletas. A iniciativa conta com o apoio do Governo de Mato Grosso.

CARD COMPLETO MATO GROSSO WARRIORS – 2ª EDIÇÃO

CARD PRELIMINAR
Peso Super Leve – até 69 kg
Nathan Brenno (Novo Extremo – Cuiabá/MT) × Paulo Antônio (Strike 0579 – Cuiabá/MT)

Peso Médio – até 75 kg
Augusto Daniel Costa (Ji-Paraná/RO) × Octávio Augusto (Team Noya – Cuiabá/MT)

Peso Super Leve – até 62,200 kg
Antônio Tadeu (Alto Araguaia/MT) × Luis Souza “Samurai” (Strike Top Brothers – Cuiabá/MT)

Peso Leve – até 60 kg
Lery Yuri (Alto Floresta/MT) × Otávio Henrique (Strike Top Brothers – Cuiabá/MT)

Peso Pena – até 58 kg – Feminino
Thamires Conceição (Strike Top Brothers – Cuiabá/MT) × Carol Gonçalves (Campo Grande/MS)

Peso Leve Ligeiro – até 64,500 kg
Murilo Dutra (Sapiranga/RS) × Iago Alves (Porto Velho/RO)

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CARD PRINCIPAL

Peso Leve – até 65 kg – Feminino
Ana Clara (Ponto 1 – Cambé/PR) × Nadia (LTT – Cuiabá/MT)

Peso Super Médio – até 78,100 kg
Cleyton Gomes Nicacio (RJ) × Silvio Augusto (Strike Top Brothers – Cuiabá/MT)

Peso Meio-Médio – até 71,8 kg
Oscar Schmidt (Casa Fight – Chapada dos Guimarães/MT) × Rodrigo Silva da Rosa (Rosa Team – Rio Grande/RS)

Peso Super Leve – até 69,1 kg
Lucas Peixoto Alves de Assis (RJ) × Jeferson Barbosa (Sinop/MT)

Peso Leve – até 60 kg
Alisson Garrido (Passo Fundo/RS) × Wellyngton “Coringa” (Strike Top Brothers – Diamantino/MT)

Peso Cruzador Leve – até 85 kg
Vinicius Coppolo (RJ) × Daniel Junior (RJ)

Peso Médio – até 75 kg (Peso Combinado)
Vanderlei “Vandy” Fernandes (American Killer – Criciúma/SC) × Rangel “Anaconda” (PA)

Peso Meio-Médio – até 71,8 kg – 🏆 Disputa de Cinturão
Wesley Almeida (RO) × Mateus Gomes (C.T. Black Fight – Primavera do Leste/MT)

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