POLÍCIA
Advogados ultrapassaram limites éticos e passaram a integrar organização criminosa como ‘testas de ferro’
POLÍCIA
Conforme a apuração, os advogados atuavam como “laranjas” de Paulo Witer em negócios como compra de veículos e imóveis.
“A associação criminosa do WT tinha como modus operandi, justamente, a compra e venda de bens móveis e imóveis com objetivo de dar licitude ao dinheiro obtido por meio do tráfico de drogas, e as investigações apontaram, de forma clara, o envolvimento dos advogados nesses esquemas para ocultação de bens”, afirmou o delegado Rafael Scatolon, que chefiou as investigações.
A apuração da Polícia Civil apontou que a relação entre os advogados e o principal alvo da operação, que é tesoureiro de uma facção criminosa, antecede a primeira prisão de Paulo Witer, em 2021.
De acordo com os investigadores, quando foi preso em 2021, Paulo Witer dirigia uma Mitsubishi Pajero Sport HPE, registrada em nome da advogada Fabiana. O veículo tinha sido adquirido por R$ 310 mil, e foi pago por outras duas pessoas que também aparecem nas investigações da GCCO: Filipe Augusto Viecili e Renan Freire Borman.
Além da Pajero, Fabiana também “emprestou seu nome” para a compra de um Toyota Corolla, pelo valor de R$ 176,8 mil. Este segundo veículo também foi pago por Renan Borman.
Mensagens trocadas entre Paulo Witer e a advogada, identificadas pela Polícia Civil, confirmam a participação de Fabiana como “testa de ferro” para o esquema de ocultação de bens desde, pelo menos, 2020.
À época, WT foi levado para a delegacia por dirigir um Corolla sem os documentos do veículo, e estar com a tornozeleira desligada. Segundo relatou à Fabiana, via mensagens no Whatsapp, ele afirmou para a polícia que pegou o carro emprestado da advogada para ir à farmácia, e alertou: “Não pode falar que você comprou de mim. Porque aí é perigoso dar associação pra você, né? Tem que falar que você comprou e vendeu, entendeu?”.
Conforme os investigadores, o Corolla foi vendido um mês depois para a esposa de Joventino Xavier. Ele figura nas investigações como proprietário de garagem criada para o esquema de lavagem de dinheiro do grupo criminoso.
O Pajero de Fabiana também foi vendido em seguida. O veículo havia sido comprado em janeiro de 2021, poucos meses depois de WT ter sido flagrado com o Corolla. Contudo, dois dias depois de Paulo Witer ter sido preso naquele ano, em 27 de fevereiro, Fabiana vendeu o veículo.
Imóvel em condomínio
O advogado Jonas Candido da Silva também é apontado como membro da associação criminosa. Consta da investigação que o advogado teria comprado um imóvel no Condomínio Primor das Torres, em Cuiabá, em janeiro de 2022, mas a movimentação para pagamento do imóvel não foi localizada pelos investigadores.

De acordo com a GCCO, o imóvel adquirido por Jonas seria, na verdade, de Paulo Witer e sua esposa, Cristiane Patrícia, além de que o valor declarado estaria muito abaixo do preço praticado no mercado, para o mesmo condomínio.
As investigações também apontaram que o nome de Jonas foi usado para a compra de dois terrenos em Várzea Grande, onde Paulo Witer montou o Supermercado Alice, utilizando a sogra, Maria Aparecida, como laranja.
Segundo os investigadores, no período de dois anos, Jonas teria movimentado mais de R$ 3 milhões, entre crédito e débito, inclusive transacionando valores com diversos investigados da operação, mesmo sem ter comprovação do lastro financeiro.
“As investigações revelaram que os advogados presos extrapolaram os limites da defesa técnica, praticando atos de verdadeiros integrantes da organização criminosa, por meio da lavagem de dinheiro com os imóveis identificados na investigação”, afirmou o delegado Gustavo Belão.
Operação Apito final
Deflagrada no dia 2 de abril, a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado, com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.
Conforme as investigações, conduzidas pelos delegados Gustavo Belão, Rafael Scatolon e Frederico Murta, após deixar a prisão, em outubro de 2021, o investigado Paulo Witer, que já integrava a facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos, além de um time de futebol amador, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores.
Apenas no período apurado, a movimentação alcançou, pelo menos, R$ 65,9 milhões.
Fonte: Policia Civil MT – MT


MATO GROSSO
Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado
A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.
Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.
A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.
O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.
Investigação
Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.
As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Reaver veículo e desistência de ação
De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.
Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.
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