MATO GROSSO
Governador reforça trabalho sustentável do agro e defende leis mais duras para proteger os biomas
MATO GROSSO
Durante entrevista ao programa Roda Viva, o governador Mauro Mendes reforçou que a maioria absoluta dos produtores do agronegócio mato-grossense respeita o meio ambiente. Ele ainda defendeu leis mais duras para a minoria que insiste em cometer crimes ambientais.
O programa foi ao ar na noite de segunda-feira (29.04), na TV Cultura e no canal da emissora no YouTube.
“Hoje, 98% dos nossos produtores agem dentro da legalidade, porque não é interesse do agronegócio desrespeitar as leis ambientais. E poucos lugares do mundo tem a preservação de Mato Grosso, que é o maior produtor de alimentos do Brasil e ainda assim tem 60% do território totalmente intacto”, relatou, ao citar outras regiões produtivas dos demais países com menor índice de preservação.

Mauro criticou a tentativa de outros países – que são menos competitivos no agronegócio – em colocar o Brasil na posição de vilão ambiental e impor bloqueios à produção do agronegócio brasileiro, com um falso pretexto de preservação.
“Na COP [Conferência do Clima] em Copenhague, eu perguntei para os produtores rurais de lá quanto que eles usavam da terra deles. E eles falaram que cerca de 80%, 85%. Quando eu contei para ele que nós tínhamos que preservar 80% do bioma amazônico, o produtor não conseguia entender aquilo. Na Europa, em alguns países, eles usam 90%, 95%, e acabaram de flexibilizar os 4% que teriam que preservar. Esses países não fazem 20% do que o Mato Grosso e o Brasil fazem, e ainda se julgam no direito de vir aqui apontar o dedo”, criticou.
Para o governador, é preciso continuar a investir na produção com preservação. Porém, os países desenvolvidos também precisam fazer a sua parte.
“Não podemos ter uma lei que é a mais restritiva do mundo e vir alguém aqui dizer ‘não, não respeito, vou impor a vocês uma regra’. Não podemos agir como um país tupiniquim, e receber essas imposições de algo que eles não estão fazendo lá. Eles não querem debater porque aumentaram o consumo de carvão e a exploração de petróleo, e o porquê estão queimando cada vez mais combustíveis fósseis. O carvão representa sozinho quase 50% das emissões de carbono do planeta. Não podemos ficar aqui passivamente sendo acusados quando nós fazemos a nossa parte, e eles não”, pontuou
De acordo com Mauro, em Mato Grosso apenas uma minoria insiste em cometer crimes ambientais e por isso ele defende a perda de terra para esse grupo que pratica o desmatamento ilegal.
“98% do agro não comete esse crime. Então porque vamos proteger 2% e penalizar 98%?
É um crime contra o meio ambiente, contra a economia brasileira, contra a imagem do nosso país dentro e fora do Brasil. Por isso defendo o perdimento, assim como está previsto na Constituição para quem planta maconha ou produz cocaína, e o crime nessa situação foi praticamente extinto no país. É a prova de que uma lei dura e inteligente muda a cultura e o comportamento”, defendeu.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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