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Deputada pede respeito no debate dentro das universidades

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Mediadora de uma audiência pública que discutiu a violência nas universidades por intolerância à diversidade de pensamento, a deputada Adriana Ventura (Novo-SP)  defendeu o debate respeitoso de ideias e a liberdade de divergir nos espaços de ensino. Ela também condenou casos de violência protagonizados por estudantes com pontos de vista opostos sobre a política brasileira ou mesmo sobre o conflito em Israel.

“Existe uma ideia dominante e parece que ninguém pode pensar diferente. Nosso País, com diversidade cultural e intelectual, não pode ser condenado à mediocridade de ter um pensamento único. Não pode se sujeitar a uma ditadura seja de esquerda, seja de direita, seja qualquer ditadura de pensamento”, declarou a parlamentar no debate promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (9).

Adriana Ventura também disse que todo mundo pode pensar do jeito que quiser, que é o que torna as pessoas diferentes. “Na minha turma, eu adoro quem diverge. Se você tiver divergência, levante a mão, coloque o seu pensamento”, disse ela, que também é professora universitária.

Depoimentos
Na audiência, estudantes “de direita” declararam ter sido vítimas de violência, em eventos estudantis, por pensar diferente de estudantes “de esquerda”.

“Desde 1985, as universidades foram tomadas pelas forças de extrema esquerda, que não abrem espaço pra debate democrático”, apontou a diretora nacional da União Juventude e Liberdade, Letícia Perfeito. Ela disse ter “apanhado em ambientes pseudodemocráticos”.

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Representante do Movimento Brasil Livre (MBL) na audiência, João Victor Bettega acrescentou que “aluno de direita não tem a liberdade de dar sua opinião política” em ambientes onde a maioria dos estudantes e dos professores são “de esquerda”.

Por sua vez, o diretor de relações institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marcelo Acácio, disse que a entidade repudia atitudes de agressão e está aberta a todos os estudantes do Brasil.

“Dentro da própria entidade, existem discordâncias. Pra nós não é fugir do debate com quem tem ideias diferentes, mas encontrar um consenso dentro das possibilidades reais pra todo mundo. Isso que fortalece a União Nacional dos Estudantes, uma entidade com compromisso com a história e a democracia no Brasil”, destacou Acácio.

Debate embasado
Em sua fala, o ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) Ricardo Marcelo Fonseca disse que as universidades são espaço de debate e de construção do conhecimento, o que passa pela discordância. O confronto de ideias, no entanto, pressupõe embasamento, preparo, método e consistência nas posições.

“Universidades não significam um vale-tudo. Vivemos um tempo de polarizações e opiniões as mais absurdas – às vezes terraplanistas, negacionistas – que entram no debate se travestindo de ciência. Sendo um lugar de discussão aberta, temos que calibrar esses conceitos de liberdade de expressão e diversidade de pensamento dentro desse filtro”, afirmou.

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Fonseca disse ainda que os casos de intolerância e violência devem ser punidos pelas instituições e que não se trata de uma exclusividade brasileira.

Polarização
A polarização dos pensamentos também foi apontada pelo gerente de Estratégia e Política da organização de combate ao antissemitismo StandWithUs Brasil, Bruno Bimbi. A reflexão dele foi no sentido de retomar o diálogo, recuperar o respeito e substituir o xingamento pelo argumento.

Bimbi também criticou os acampamentos contrários a Israel em diversas universidades do mundo, com assédio a alunos e professores judeus que não são responsáveis pela guerra.

“Tem uma galera que acha que Israel é intrinsecamente má. Se você pensa dessa maneira, tudo o que vem de Israel tem que ser combatido, seja um professor que vem dar uma aula, seja o filme da Mulher Maravilha, porque a protagonista é uma atriz israelense. A demonização produz a desumanização das pessoas. Essa é a base do ódio que produziu grandes tragédias na humanidade”, lamentou Bruno Bimbi.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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