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Pesquisa com apoio da Fapemat estuda potencial terapêutico do leite materno na prevenção do câncer de mama

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Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), estão investigando componentes presentes no leite materno que possuem potencial terapêutico na prevenção do câncer de mama. Após vários estudos, comprovou-se que elementos como a imunoglobulina A (IgA) e o hormônio melatonina, presentes no leite materno, apresentaram atividade antitumoral in vitro contra células desse tipo de câncer.

O estudo faz parte do projeto intitulado “Imunobiológicos derivados do Leite Humano: Um produto natural, ecológico e tecnologicamente melhorado para prevenção e tratamento do câncer de mama”. O trabalho é coordenado pela doutora Adenilda Cristina Honório França, da área de Ciências da Saúde da UFMT do campus Araguaia.

A IgA é a primeira linha de defesa contra agentes infecciosos que entram no organismo, sendo encontrada no sangue, saliva e em altas concentrações no leite materno. Também está presente nos sistemas geniturinário, digestivo e respiratório, protegendo-os contra infecções.

“Os resultados reforçam a importância do aleitamento materno na redução da mortalidade infantil e na promoção da saúde, tanto da criança quanto da mãe, destacando o papel da amamentação na prevenção de doenças futuras, incluindo o câncer de mama, um dos mais prevalentes entre as mulheres no mundo. Estamos realizando testes in vitro com linhagens de células de tumor de mama, e os resultados têm mostrado eficiência”, explicou a pesquisadora.

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Estudos clínicos e epidemiológicos evidenciaram o efeito protetor da amamentação contra esse tipo de câncer. No entanto, apesar dos benefícios do aleitamento materno, algumas mães enfrentam dificuldades para amamentar. Para combater a mortalidade e a desnutrição infantis, foram desenvolvidas ações com os bancos de leite humano para oferecer suporte e orientação às mães.

No Brasil, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) tem sido fundamental para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, coletando e distribuindo leite humano com qualidade certificada. Nesse contexto, há um problema significativo de desperdício devido ao rigoroso controle de qualidade do leite oferecido às crianças, resultando em algumas perdas anuais. Como solução, o projeto desenvolveu uma técnica para aproveitar de forma sustentável o leite descartado, utilizando-o para extrair componentes para uso terapêutico.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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