MATO GROSSO
Setasc capacita técnicos de 50 municípios para acompanhamento de beneficiários do programa SER Família
MATO GROSSO
Cerca de 260 profissionais da área de Assistência Social de 50 municípios de Mato Grosso, que acompanham famílias beneficiárias do Programa SER Família, participam da capacitação “Supervisão Técnica: Acompanhamento Familiar na Perspectiva Colaborativa – Programa SER Família”, realizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc). O evento teve início nesta quinta-feira (13.06) e segue nessa sexta-feira (14), no Mato Grosso Palace Hotel, em Cuiabá.
O Programa SER Família foi idealizado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, e atende, atualmente, 63.731 famílias em todo o Estado, tendo investido ao todo, desde o início do programa cerca de R$ 120 milhões.
“A ideia da capacitação é proporcionar uma dinâmica eficiente ao programa SER Família e todos os atendimentos permitidos por ele. Tirar esse programa do papel foi uma grande conquista, sonhei em ver as famílias sendo atendidas com respeito e a dignidade que merecem. Parabéns a todos os profissionais que estão dando o melhor de si para entregar os resultados esperados no SER Família, o qual tenho orgulho de ter idealizado”, manifestou a primeira-dama Virginia Mendes.
O ciclo de capacitações, promovido por meio da Secretaria Adjunta de Programas e Projetos Especiais e Atenção à Família (Sappeaf), teve início em outubro de 2023, quando foi realizada a primeira capacitação de forma presencial. Desde então foram realizadas outras oito capacitações de forma virtual, divididas por regiões.

Créditos: João Reis/Setasc
A secretária adjunta da Sappeaf, Juliane Maciel, explicou que o objetivo principal da capacitação é a realização do acompanhamento familiar, que é um dos quesitos e condicionalidades do Programa SER Família, referente ao cartão de transferência de renda.
“Essa capacitação tem o intuito de despertar o olhar voltado a esse público do SER Família através dos Cras, que realiza o acompanhamento familiar. A gente coloca como foco principal esse carinho, esse olhar para aqueles que mais necessitam, de despertar neles a vontade de querer sair da situação de vulnerabilidade, por meio da oferta de recursos de capacitação, incentivando a irem para o mercado de trabalho, mostrando a necessidade de estar ligado a algum local para reconhecer no futuro uma aposentadoria digna”, completou.

Créditos: João Reis/Setasc
A secretária da Setasc, Grasi Bugalho, participou da abertura do evento e falou sobre a importância da capacitação para os trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social, principalmente quando se trata do desenvolvimento das pessoas, para que deixem a situação de vulnerabilidade, e na aplicação do Programa SER Família.
“O Programa SER Família pensa no desenvolvimento social. Não é para manter as pessoas no programa. Por isso a importância da capacitação de quem está lá na ponta, e, principalmente, dos gestores e técnicos que acompanham as famílias, para propor a elas uma forma de mudar de vida. A nossa importância para o acompanhamento familiar é acreditar que realmente é possível as pessoas mudarem de vida. Então, esse é o grande objetivo do SER Família, proporcionar mais uma oportunidade”, enfatizou a secretária.
O responsável pelo Programa SER Família na Prefeitura de Rondonópolis, Thiago Silveira Barros, participa da capacitação e ressaltou a importância dos técnicos se capacitarem para entregar o melhor para os moradores que são beneficiados pelo programa.
“Começamos a fazer treinamento com a equipe técnica para termos multiplicadores dentro do município, em relação aos técnicos que fazem a parte do acompanhamento familiar. Já estamos com resultados. Nosso município contempla 2.500 beneficiários e estamos trabalhando com o oferecimento dos cursos promovidos dentro do município para que a família tenha autonomia”, explicou.
Para a superintendente de Proteção Social Básica em Rondonópolis, Ana Lúcia Teixeira de Almeida, o SER Família é um programa de grande abrangência, e, para sua efetivação e sucesso, é necessária a realização de capacitações como a que está sendo realizada.
“Por meio dessas capacitações, as pessoas que estão conduzindo o Programa nos municípios distantes da capital, poderão executá-lo da melhor forma possível, alcançando os resultados com maestria, com sucesso, e com garantias e resultados previstos dentro do programa”, concluiu.
A capacitação está sendo ministrada pela assistente social, pós-graduada em Família pela PUC-SP e mestre em Psicologia Forense pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Denise Kopp Zugman.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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