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Letalidade policial? Colocando os pingos nos is

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Cinco criminosos foram neutralizados após reagirem à polícia militar em Sorriso, dias atrás. Pergunto agora. Seria essa ocorrência mais cinco mortes somadas na conta da “letalidade policial”? Seriam os policiais que participaram do confronto, doravante suspeitos de execução, considerando-se o resultado morte?

O problema dessas perguntas não reside em suas respostas: um rotundo não! Mas na própria concepção de quem as concebe, cheio do pressuposto de que o criminoso que morre é vítima potencial da polícia. Um conceito distorcido que inverte os polos policial e bandido. Esse é o erro que antecede a discussão sobre os tais 800% de aumento nas mortes que está sendo atribuído à polícia.

Frise-se, quem morre num confronto policial, em regra, atentou contra a vida de alguém que representa o Estado e defende nessa ação a vida. Logo, se há quem, quando sofre um atentado, que venha representar atentado à própria sociedade, este é o policial.

Por isso, age como extensão do Estado, do gari ao procurador, do promotor ao professor, o policial que confronta legalmente um criminoso que reage exigindo dele essa proporção técnica. Somos profissionais e pressupor a tal “letalidade policial” é erro conceitual primário.

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A letalidade que querem atribuir à “polícia que mata” é, na verdade, letalidade criminal, isto é, fruto das facções e da ineficiência de todo um sistema estatal, inclusos nele, vale dizer, até mesmo quem propugna — via cargo público — essa falácia de que “a polícia mata”.

Dizer que não há distorções e exceções é algo que não fazemos, mas daí usar a idônea instituição polícia em qualquer generalização beira má-fé.

O policial não tem o dever de dispor da vida para o criminoso evitando assim o que chamam de “letalidade policial”. Quem poderia negar que nossas guarnições quando neutralizam uma ameaça, esta ameaça encontra-se armada, por vezes, até os dentes.

Quem, senão o policial, pode frear o poder que essas facções querem impor mediante a violência?

Cremos na educação como meio central de ação na segurança pública. No confronto em Sorriso dois eram menores, onde está a família?; um deles tem dezoito anos feitos recentemente, onde está o ensino técnico e profissionalizante?; dois deles são homens de vinte um anos, certamente optando pelo crime como forma de ganhar a vida.

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Recomendo conhecer a verdadeira realidade, não aquela dentro dos gabinetes refrigerados, mas a nossa, do meu irmão de farda que está na ponta, que em frações de segundo precisa agir dentro dos princípios legais, protegendo a própria vida, de terceiros inocentes e a do agressor ativo. Em frações de segundo, com batimentos cardíacos altíssimos, alterações do sistema nervoso central, e claro, muitas vezes com o suor entre os olhos.

Assim, finalizo convidando todos aqueles que ainda duvidam das nossas ações à estarem ombreados conosco num exercício simulado ou, tecnicamente, em alguma ação, para justamente acompanhar e fiscalizar nossas técnicas de enfrentamento às facções criminosas.

Alexandre Mendes – Cel PM
Comandante-Geral da PMMT

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Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

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Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.

O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).

Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.

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O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.

Os impactos das obras inacabadas

Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.

Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.

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Propostas de soluções e próximos passos

Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.

“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.

A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.

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