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Unidades de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia pedem recursos e reposição de servidores

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Representantes das unidades de pesquisa (UPs) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pediram nesta quarta-feira (3), em audiência pública na Câmara dos Deputados, a ampliação de orçamento e reposição de pesquisadores. Recentemente, o governo autorizou um concurso para 532 novos servidores para as UPs, após 12 anos sem contratações.

A situação das UPs foi debatida na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, a pedido do deputado Reimont (PT-RJ). Atualmente, existem 17 unidades de pesquisa espalhadas pelo País, vinculadas ao ministério. Entre elas, algumas conhecidas da população, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), uma das 17 UPs, Márcio Albuquerque, todas as unidades são referencia na área e possuem boa avaliação em rankings internacionais de pesquisa. No entanto, convivem com um orçamento abaixo do necessário.

Entre 2019 e 2024, a verba para as UPs passou de R$ 344 milhões para R$ 359 milhões, um aumento de 4,3%. No período, a inflação pelo IGP-M, que corrige os principais contratos dessas unidades, subiu 62%. “Quando você olha isso de 2010 a 2023, a corrosão é de quase 180%. É evidente que nós sentimos isso na pele”, disse Albuquerque.

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Ele também reivindicou a posse imediata dos concursados que forem aprovados. Hoje, as UPs possuem 1.881 servidores. Já foram mais de três mil em 2010.

O secretário de Gestão e Inovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Roberto Pojo, afirmou que a intenção da pasta é dar posse a 800 servidores no ministério como um todo. Segundo ele, a ausência de concursos por 12 anos compromete a atuação das UPs.

“Quando se gera um ‘gap’ de 12 anos entre concursos, quer dizer que os que vão entrar vão atingir o topo da carreira quando os atuais se aposentarem, dificultando o princípio básico da transmissão de conhecimento entre gerações”, afirmou Pojo.

Apoio
Os parlamentares que participaram do debate defenderam a ampliação dos recursos para ciência e tecnologia. O deputado Reimont, que propôs a audiência pública, reconheceu o problema, mesmo após o atual governo, segundo ele, ter elevado as verbas para a área.

Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Unidades de Pesquisa de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Dep. Reimont (PT-RJ)
Reimont: Brasil precisa investir em infraestrutura de ciência e tecnologia

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Reimont elencou os principais pontos da agenda das UP, entre eles a recuperação orçamentária e o fortalecimento da estrutura. “Um país com as dimensões do Brasil precisa estar dotado de infraestrutura de ciência e tecnologia moderna, integrada, comprometida”, afirmou.

Também manifestaram apoio às reivindicações das UPs os deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Ossesio Silva (Republicanos-PE), Leonardo Gadelha (Pode-PB) e Odair Cunha (PT-MG).

Programa
Durante o debate, Reimont cedeu a palavra a servidores da carreira de ciência e tecnologia. Eles pediram o reajuste das bolsas do Programa de Capacitação Institucional (PCI), concedidas pelas UPs.

Segundo os funcionários, o PCI é o único programa operacionalizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) cujas bolsas não foram reajustadas no atual governo.

A subsecretária de Unidades de Pesquisa e Organização Social do MCTI, Isa Assef, se comprometeu em encontrar uma solução para essa e outras questões levantadas.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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