MATO GROSSO
Seminário de formação técnica aborda índices da Saúde e noções de planejamento e fiscalização contratual
MATO GROSSO
Servidores e gestores de diversos municípios do estado tiveram acesso a estratégias de melhoramento dos índices da Saúde e noções de planejamento e fiscalização das contratações nesta quinta-feira (18), durante o quarto dia do Seminário de Formação Técnica sobre Gestão da Saúde, realizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT).
Na ocasião, a consultora contábil e técnica da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Waldna Fraga, ressaltou que, para alcançar bons índices nos serviços de Saúde é preciso fazer uma análise do Índice de Participação dos Municípios (IPM), que define os repasses do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
“Isso inclui a questão do Índice Municipal da Qualidade da Saúde, que mede três fatores importantes: a eficiência da Atenção Básica da Saúde e as questões da cura da hanseníase e da vacinação infantil de crianças até 2 anos. Então, o nosso objetivo durante o seminário foi mostrar a importância dos gestores da Saúde para a formação desse índice que, ao final, reflete lá na ponta, no atendimento ao público”, salientou a contadora.
E com objetivo de proporcionar mais segurança no que se refere ao planejamento da contratação e fiscalização contratual, o representante da Escola de Saúde Pública (ESP) de Mato Grosso, professor Themístocles Alves falou sobre as peças de planejamento e algumas regras pertinentes à fiscalização, para que servidores e gestores possam aplicar em suas prefeituras de forma imediata.
Crédito: Thiago Bergamasco/TCE-MT |
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Professor da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso, professor Themístocles Alves. |
Themístocles frisou ainda os prejuízos que podem ocorrer quando entendimento dos gestores sobre as leis que que subsidiam os processos de contratação e licitação não são claros. “Um planejamento mal feito vai causar problemas tanto na realização da licitação quanto na fiscalização contratual. E, como o próprio Tribunal de Contas comprova estatisticamente nas auditorias, estes são os principais pontos de perda de dinheiro público.”
A assessora jurídica do Consórcio Regional de Saúde Sul de Mato Grosso, Viviane Carla Freitas Borges, classificou o Seminário como uma excelente iniciativa do TCE-MT. “Posso dizer que é um momento muito produtivo, especialmente para nós que somos consórcio público. A gente fica um pouco inseguro de como aplicar a legislação, mas com os esclarecimentos dos professores muitas dúvidas estão sendo sanadas. Isso nos deixa mais tranquilos e confiantes com a nossa forma de lidar com as situações que envolvem esse universo das contratações. Estamos satisfeitos e esperamos que o TCE não pare por aqui e nos proporcione mais oportunidades de aprendizado como este.”
Outra participante do evento, a coordenadora de Saúde Bucal da Prefeitura de Guarantã do Norte, Georgina Pereira da Silva, fez um balanço positivo dos quatro dias de Seminário, dando destaque à didática utilizada pelos palestrantes. “Os professores e representantes técnicos da saúde que estão nos capacitando falam de forma clara e fazem questão de esclarecer nossas dúvidas. Estamos voltando para a nossa cidade com uma bagagem repleta de conhecimento. Este seminário nos agrega conhecimento e evita penalidades.”
Realizado em parceria com a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT) e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), o Seminário também conta com apoio do Ministério da Saúde (MS) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e é realizado no auditório da Escola Superior de Contas. A participação garante certificado de 40 horas.
Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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