POLITÍCA NACIONAL
Câmara aprovou vários projetos para ajudar o Rio Grande do Sul no primeiro semestre deste ano
POLITÍCA NACIONAL
A Câmara dos Deputados aprovou, neste primeiro semestre, várias propostas para ajudar o estado do Rio Grande do Sul, que sofreu com a histórica enchente entre abril e maio deste ano. Entre essas propostas está o Projeto de Lei Complementar 85/24, que suspende por 3 anos os pagamentos da dívida com a União.
O texto, de autoria do Poder Executivo, foi relatado pelo deputado Afonso Motta (PDT-RS) e prevê que o dinheiro assim economizado seja aplicado no enfrentamento da situação de calamidade provocada pelas chuvas por meio de um fundo público específico a ser criado.
Atualmente, a dívida gaúcha com a União está em cerca de R$ 100 bilhões. Com a suspensão das parcelas, o estado poderá direcionar cerca de R$ 11 bilhões nesses três anos para enfrentar as consequências das enchentes.
Embora o texto tenha surgido para a situação específica das enchentes nas cidades gaúchas, a mudança beneficiará qualquer ente federativo que, futuramente, enfrente estado de calamidade pública decorrente de eventos climáticos extremos, reconhecidos pelo Congresso Nacional por meio de proposta do Executivo federal.
O texto foi convertido na Lei Complementar 206/24.

Reposição de eletrodomésticos
Para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs) atingidos pelas cheias no estado, a Câmara aprovou a isenção do Imposto Sobre Produto Industrializados (IPI) na compra de alguns móveis e eletrodomésticos da linha branca.
A medida foi sugerida pelas deputadas Maria do Rosário (PT-RS) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) no Projeto de Lei 4731/23, aprovado com o texto do deputado Lucas Redecker (PSDB-RS). O projeto aguarda sanção presidencial para virar lei.
Terão direito à isenção fiscal: fogões, geladeiras, máquinas de lavar roupa, tanquinhos, cadeiras, sofás, mesas e armários, desde que fabricados no território nacional.
O desconto do tributo valerá para todas as situações de emergência e de calamidade pública reconhecidas pelo Executivo federal.
Eventos cancelados
Também em razão das enchentes, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto com regras sobre adiamento e cancelamento de serviços, reservas e eventos, incluídos shows e espetáculos – entre 27 de abril de 2024 e até 12 meses depois do fim da vigência do estado de calamidade.
O texto aprovado foi o da relatora Reginete Bispo (PT-RS) para o Projeto de Lei 1564/24, do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). A proposta foi transformada na Lei 14.917/24.
De acordo com a lei, o prestador será obrigados a oferecer:
- a remarcação dos serviços, das reservas e dos eventos adiados;
- a disponibilização de crédito para uso na compra de outros serviços, reservas e eventos;
Nesse caso, o benefício poderá ser usado até 31 de dezembro de 2025.
- o reembolso dos respectivos valores, mediante solicitação do consumidor.
Esse reembolso só será pago se o prestador do serviço não puder oferecer a remarcação ou a disponibilização de crédito, e deverá ocorrer em até seis meses após o encerramento do decreto de calamidade.

Dívidas agrícolas
Já para produtores rurais gaúchos atingidos pelas enchentes, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que perdoa ou adia o vencimento de parcelas de financiamentos.
O Projeto de Lei 1536/24, dos deputados Zucco (PL-RS) e Rodolfo Nogueira (PL-MS), foi aprovado com texto do relator Afonso Motta, e agora está em análise no Senado.
O perdão será concedido a parcelas vencidas ou a vencer em 2024 relativas ao custeio agropecuário, independentemente da fonte de recursos e da instituição financeira.
O adiamento por dois anos, por sua vez, será aplicado as parcelas vencidas e a vencer em 2024 relativas a investimento e comercialização vinculadas ao crédito rural nas cidades atingidas. O prazo começa contar após a publicação da futura lei.
Balanço do semestre
No total, a Câmara dos Deputados aprovou neste primeiro semestre 98 propostas em Plenário, sendo 64 projetos de lei, 2 propostas de emenda à Constituição, 4 medidas provisórias, 5 projetos de lei complementar, 20 projetos de decreto legislativo e 3 projetos de resolução.
Além disso, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou nesse período 107 projetos de lei em caráter conclusivo, que em princípio não precisam passar pelo Plenário.
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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