MATO GROSSO
Setor da construção civil registra aumento de 57% nas contratações em Mato Grosso
MATO GROSSO
O setor da construção civil em Mato Grosso apresentou um desempenho notável no primeiro semestre de 2024, com um aumento significativo de 57% nas contratações em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Esse crescimento resultou na criação de 9.885 novos empregos no setor, refletindo uma recuperação robusta e a expansão das atividades de construção no estado.
Durante os primeiros seis meses de 2024, Mato Grosso registrou um total de 352.506 admissões e 310.798 demissões, resultando em um saldo positivo de 41.711 novos empregos. Este aumento de 3% em relação ao saldo de empregos do primeiro semestre de 2023 evidencia uma tendência de crescimento constante no mercado de trabalho local.
Destaca-se que as obras de infraestrutura desempenham um papel crucial nesse cenário, representando 54% das novas vagas criadas no setor. Esse segmento tem impulsionado a demanda por profissionais qualificados e o desenvolvimento de projetos essenciais para o avanço das infraestruturas do estado.
Robson Yanagawa, engenheiro e proprietário da Construtora Yanagawa, avalia que os resultados refletem um mercado positivo tanto para a capital quanto para as cidades do interior do estado que estão em pleno desenvolvimento.
“Esse cenário positivo se deve à quantidade de obras públicas em andamento, refletindo um estado pujante com uma economia forte. Com uma infraestrutura melhor, tanto as empresas da iniciativa privada quanto a população em geral conseguem aproveitar e produzir mais. Um exemplo disso é a duplicação da rodovia 163, que está em fase bem avançada”, explicou.
Neste ano, a construtora investiu na entrega do Condomínio Primordiale, em Lucas do Rio Verde, o primeiro empreendimento horizontal da cidade. Os dados do CAGED apontam que, na região de Lucas, houve 12.979 admissões e 11.312 demissões, resultando em um saldo de 1.667, 1% mais alto que no ano anterior. O setor da construção em Lucas do Rio Verde finalizou o semestre com um saldo de 426 novos postos de trabalho, 72% mais alto que nos primeiros seis meses de 2023. O setor da construção representa 26% do saldo total de empregos do município.
“Na região de Lucas, muitas empresas estão sendo construídas e contribuindo para a geração de empregos, movimentação da economia e qualidade de vida das pessoas. Para a construção do Primordiale, aplicamos 40% do orçamento em mão de obra e tivemos mais de 300 colaboradores diretos e indiretos ao longo de dois anos de obra”, concluiu Robson.
O Condomínio Primordiale oferece casas com 106,42 m² em terrenos de 150 m², com 3 quartos, sendo uma suíte, e duas vagas de garagem cobertas. Entre os atrativos, destacam-se a piscina adulto e infantil, dois playgrounds equipados, salão de festas, churrasqueira gourmet, minicampo society e um espaço pet. O empreendimento está localizado na Av. Angelo Antônio Dall Alba, 2 – 169-S – Parque dos Buritis, Lucas do Rio Verde.
Em Cuiabá, foram registradas 68.201 admissões e 61.481 demissões, resultando em um saldo de 6.720, uma alta de 30% em relação ao primeiro semestre de 2023. No setor da construção, o saldo foi de 1.287, uma queda de 3% em relação a 2023, mas com uma alta de 67% em comparação a junho de 2023, impulsionada pelas obras de infraestrutura.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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