MATO GROSSO
“Postura proativa do Governo de MT demonstra compromisso com o desenvolvimento sustentável”, afirma ministro do TCU
MATO GROSSO
Governo enviará projeto de lei para Assembleia Legislativa que vai instituir indicadores de governança, gestão e sustentabilidade no Estado
“Mato Grosso está à frente do país ao buscar novas ferramentas e indicadores que garantam boas práticas ambientais, sociais e de governança. Essa postura proativa demonstra o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável, mostrando que é possível conciliar crescimento econômico com a proteção ambiental. Essa liderança inspira outros estados brasileiros a trilhar um caminho mais sustentável e responsável”.
A afirmação é do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, que esteve nesta quinta-feira (19.09), em reunião com o vice-governador Otaviano Pivetta, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. O governo enviará um projeto de lei para a Assembleia Legislativa para instituir indicadores de governança, gestão e sustentabilidade no Estado.
O projeto foi elaborado com sugestões do ministro, que também ressaltou a importância da iniciativa do governo em implementar regras que favorecem o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso.
“A gestão demonstra uma visão estratégica e uma postura visionária, que coloca o Estado à frente de seu tempo. Investir 20% de toda a receita em áreas como infraestrutura, saúde e educação, além de ações de desenvolvimento e sustentabilidade, é um marco para o país. Essa postura visionária demonstra o compromisso com o bem-estar da população”, disse ele.
O vice-governador ainda falou sobre a parceria entre o Governo do Estado e o TCU para que no futuro essas ações possam trazer bons frutos.
“Essa parceria com o TCU é estratégica para o futuro de Mato Grosso. Trabalhar com ferramentas e indicadores que garantam boas práticas ambientais, sociais e de governança é fundamental para o nosso crescimento sustentável. Com essa iniciativa, confiamos que em 2036 teremos um PIB aumentado e alcançaremos a meta de zerar a produção de carbono, mostrando ao mundo que desenvolvimento econômico e sustentabilidade caminham juntos”, pontuou Otaviano Pivetta.
Também participaram da reunião os secretários de Estado Rogério Gallo (Fazenda) e Basílio Bezerra (Planejamento e Gestão).
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.