MATO GROSSO
Chico Mendes é eleito prefeito de Diamantino
MATO GROSSO
O candidato a prefeito Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes (União Brasil), venceu as eleições para a prefeitura de Diamantino, a 182 km de Cuiabá. Com 100% das urnas apuradas, ele teve 56,52% dos votos válidos contra 43,48% de Carlos Kan (Novo).
Chico Mendes é irmão do ministro Gilmar Ferreira Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e concorreu ao cargo com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Chico Mendes conquistou, neste domingo (6/10), o seu terceiro mandato para a Prefeitura de Diamantino.
Com 100% das urnas apuradas, Chico recebeu 7.205 votos (56,52%) contra 5.543 (43,48) de Kan, do Partido Novo.
O irmão de Gilmar Mendes assumirá em janeiro de 2025 seu terceiro mandato à frente da Prefeitura de Diamantino. Ele já governou a cidade entre 2000 e 2008.
O apoio do ex-presidente e a influência política do clã Mendes deixaram Chico Mendes na condição de favorito na disputa contra Carlos Kan —eram apenas dois candidatos na cidade, que não teve representantes da esquerda na corrida pela prefeitura.
Com 22 mil habitantes, Diamantino é marcada pela onipresença do agronegócio. Fundada em 1728 e elevada a vila em 1820, é uma das cidades mais antigas de Mato Grosso e já foi o município com maior extensão territorial do estado, de onde se desmembraram outras 22 cidades.
A família Mendes tem tradição na política local. A cidade já foi governada pelo avô e pelo pai de Gilmar. O irmão, Chico Mendes, já foi prefeito entre 2001 e 2008 e agora volta à prefeitura para o seu terceiro mandato após um hiato de 16 anos sem concorrer a cargos eletivos.
Nos últimos anos, Diamantino se tornou um reduto de Bolsonaro, que teve 62% dos votos válidos na cidade em 2022. A cidade fica em uma região de transição entre a baixada cuiabana, com expressiva votação em Lula, e os municípios do chamado “nortão”, onde Bolsonaro teve adesão maior.
Acossado por investigações e com uma relação tortuosa com ministros do STF, Bolsonaro deixou de lado o bolsonarismo raiz na cidade para endossar a candidatura do irmão de Gilmar. O PL indicou o empresário Antônio da Carol como candidato a vice e doou R$ 300 mil para a campanha.
Chico Mendes é empresário do agronegócio e é dono de um patrimônio de R$ 56,4 milhões. Nos últimos anos, vinha atuando nos bastidores da política local.
Em entrevista à Folha, ele disse não embarcar no discurso bolsonarista, que classifica como extremo: “De repente, não é nem culpa do Bolsonaro. Nós cidadãos é que muitas vezes somos extremistas”, afirmou o então candidato.
Aliados de Bolsonaro afirmavam ver a aliança como um aceno do ex-presidente a Gilmar Mendes. Mas o candidato a prefeito nega influência do irmão e diz fazer questão de separar sua atuação política com as posições de Gilmar como ministro do STF.
(Folha de S. Paulo)


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
-
MATO GROSSO3 dias atrás
Kickboxing: a arte marcial que transforma vidas e agora projeta Mato Grosso no cenário nacional
-
MATO GROSSO6 horas atrás
Condomínio residencial clube ganha destaque em meio à valorização do mercado imobiliário em Cuiabá
-
MATO GROSSO4 horas atrás
“Churrasco da Construção” une setor de materiais e atrai mais de 600 participantes em Várzea Grande
-
MATO GROSSO3 horas atrás
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura