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Duas cidades de MT serão comandadas por chapa feminina

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As eleições municipais ocorridas no último domingo (06) registraram um marco na participação feminina em Mato Grosso. Apesar de ter um número ainda baixo, o estado registrou a maior quantidade de vereadoras da história, com 20% das vagas ocupadas por elas. Nos cargos para o Executivo, entretanto, essa proporção cai pela metade e apenas 13 dos 142  municípios mato-grossenses serão liderados por mulheres. Eleitas destacam a representatividade como modo de incentivar a presença feminina e mudar este cenário.

 

Das 13 prefeitas eleitas, apenas 2 delas contam também com uma vice. Elas estão nos municípios de Santo Antônio do Leverger (34 km ao Sul), com Francieli Magalhães (PSB) e Giseli Ribeiro, e em Jaciara (144 km ao Sul), com  Andreia Wagner (PSB) e Zilá Bruschetta, as duas chapas foram reeleitas.

 

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o estado conta com 51% do eleitorado feminino e 49% de homens. O que mostra o número totalmente desproporcional entre eleitoras e cargos políticos ocupados por mulheres.

 

ReproduçãoFrancieli Magalhães, prefeita de Santo Antônio

Francieli Magalhães

Francieli Magalhães, para a gestão 2025/2028 em Santo Antônio do Leverger, vai contar com uma Câmara de Vereadores totalmente masculina.

 

Ao GD, ela contou que ingressou na prefeitura como vice-prefeita, em 2016. No cargo, buscou conhecer mais da realidade do município e entender as principais dificuldades enfrentadas para trabalhar por elas.

 

Em 2020, ela conquistou o primeiro mandato já com sua atual vice-prefeita, Giseli Ribeiro. Como diferencial, a gestora explica que as mulheres têm mais zelo e responsabilidade com as demandas do povo.

 

Na primeira eleição, a prefeita conquistou 5.154. No domingo (6.), ela foi reeleita por  69,05% dos eleitores, contabilizando 9.758. O valor representa um aumento da confiança do eleitor e um resultado histórico no município.

 

“Eu tive a maior votação da história do município e acredito que a população acreditou, abraçou e viu realmente que as mulheres fazem a diferença. Eu fico feliz, principalmente por ser a primeira mulher na história do município reeleita. Isso me dá também a sensação do dever cumprido, de estar no caminho certo, fazendo aquilo que as pessoas querem e precisam”, comemora.

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Divulgação

 ANDREIA ESTUDIO CAMPANHA

 

Em Jaciara, Andreia Wagner, esposa do deputado estadual e ex-prefeito da cidade Max Russi, começou na política após ser assistente social por 10 anos e essa, de acordo com ela, é uma das marcas de seu trabalho na prefeitura e também a base de votos.

 

Em entrevista ao GD, ela lembrou a insegurança vivida no primeiro mandato vinda de diferentes lados. Afinal, aquela era primeira vez uma mulher comandava o Executivo municipal. Ela relatou que hoje sente maior receptividade de sua presença na prefeitura, fato constatado pelo número de votos recebidos.

 

A prefeita conquistou 79,92% dos votos do município, com um total de 11.651 votos válidos. Ela é, não apenas a primeira mulher prefeita em Jaciara, como também a segunda pessoa a conquistar uma reeleição.

 

“Isso é fantástico. Saber que além de ser mulher, que já tinha essa resistência no primeiro mandato, hoje eu sou respeitada e as pessoas acreditam no meu trabalho. Isso é importante demais e eu vou honrar cada voto, sendo prefeita de quem votou e de quem não votou em mim. A eleição acabou. Agora com certeza vou continuar dando o meu máximo”, afirmou a gestora.

 

Algo que Andreia Wagner e Francieli Magalhães têm em comum é a busca por uma liderança alinhada e unida na política. Ambas buscam uma gestão coerente, não somente dentro dos municípios em que trabalham, como também com o governo.

 

As duas prefeitas, acompanhadas de suas vices concordam no entendimento de que, mesmo sendo mães, esposas e donas de casa, o papel político ainda cabe a elas e que a esfera política deve ser ocupada por cada vez mais mulheres, que podem contribuir com uma visão de mundo e políticas diferentes.

 

Por fim, Andreia ressalta que o aumento e presença feminina na política é um processo lento e a representatividade tem um papel crucial nesse sentido.

 

“Nós estamos avançando e quanto mais as mulheres veem outras mulheres, mais elas se inspiram também. A partir do momento que elas vão vendo outras se despontarem, acho que vão criando mais interesse e mais coragem também”, finalizou.

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Prefeitas em Mato Grosso

Alto Taquari – Marilda Sperandio

Aripuanã – Selur Peixer Reghin

Barão de Melgaço – Margareth de Munil

Barra do Bugres – Azenilda Pereira

Cáceres – Eliene Liberato

Glória d’Oeste – Gheysa Borgato

Nova Maringá – Ana Maria Urquiza Casagrande

Pedra Preta – Iraci Souza

Ribeirão Cascalheira – Elza Gomes

Santa Cruz do Xingu – Jô

Várzea Grande – Flávia Moretti

 

Vereadoras no estado

O número histórico de 2024 registrou o maior número de mulheres eleitas para vereadoras. 20% das 1.404 vagas para o cargo serão ocupadas por mulheres, ou seja, 277 vereadoras no estado.

 

Pelos dados da Justiça Eleitoral, Mato Grosso elegeu 164 mulheres em 2008, 178 em 2012, e 189 em 2016. Nas eleições de 2020 foram 229 vereadoras eleitas. Apesar de ser positivo o aumento das mulheres, ele ainda é desproporcional.

 

Para um número com a mesma proporção do eleitorado feminino, seriam necessárias cerca de 716 mulheres ocupando cargos de vereadoras no estado, ou seja, 439 mulheres a mais do que o total eleito no ano com mais mulheres nas Câmaras Municipais.

 

Em Cuiabá

Reprodução/ Instagram

Samantha Iris, vereadora de Cuiabá

Samantha Iris

Para o cargo de prefeito, não houve candidaturas femininas na capital mato-grossense, porém, após o segundo turno uma vice-prefeita será eleita, visto que os dois candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) têm candidatas mulheres para vice-liderança do Alencastro.

 

Em relação à Câmara de Vereadores, 8 das 27 cadeiras serão ocupadas por mulheres.

 

A candidata mais votada, entre pessoas de todos os gêneros, foi Samantha Iris (PL), com 7.460 votos. A vereadora eleita declarou gratidão em suas redes sociais e disse confiava na eleição, mas não com a quantidade de votos.

 

Ela destacou que espera que mais mulheres possam se envolver com a política.“Eu imaginava que teria chances, mas não fazia ideia que seria a mulher mais votada da história de Cuiabá. Além de desempenhar o papel de vereadora, espero poder inspirar mais mulheres a se envolverem com a política na defesa do que acreditam”, publicou.

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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