MATO GROSSO
Governo investe R$ 158,3 milhões para asfaltar quatro rodovias na região de Rondonópolis
MATO GROSSO
O Governo de Mato Grosso está realizando quatro obras de asfaltamento na região de Rondonópolis, totalizando 123,2 quilômetros de rodovias, gerando melhorias na qualidade de vida da população e promovendo o desenvolvimento econômico da região.
O investimento realizado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) é de R$ 158,3 milhões.
Três dessas obras já estão com o asfalto todo executado e em fase de conclusão dos trabalhos, com serviços de drenagem superficial e sinalização.
Uma delas é a MT-459, que liga Pedra Preta até o Terminal Ferroviário de Rondonópolis. O Governo investe R$ 29,8 milhões para asfaltar 23,9 km dessa rodovia e construir uma ponte de 30 metros sobre o córrego do Sucuri.
Essa obra reduz pela metade a distância entre o município e o terminal, um dos principais pontos de escoamento da produção agrícola de Mato Grosso. Dessa forma, o asfalto viabiliza a logística de produção de Pedra Preta, além de facilitar o deslocamento da população em direção a BR-163.
O governo também concluiu 27,8 km de asfalto na MT-383, que liga Rondonópolis até a Vila Naboreiro, a partir do Parque de Exposições. Essa obra beneficia moradores da Zona Rural de Rondonópolis, incluindo também os moradores da comunidade de Três Pontes. O investimento nessa obra é de R$ 46,5 milhões.
Outra rodovia que também já está com o asfalto pronto é a MT-471, que dá acesso ao Assentamento Carimã, a partir do local conhecido como Sete Placas, na BR-163. São 42,3 km de pavimento e um investimento de R$ 43,3 milhões.
Além de atender a população do assentamento, o asfalto vai estimular o turismo, já que a região conta com um complexo turístico, com trilhas, balneários e cachoeiras.
Por fim, a Sinfra-MT também está asfaltando a estrada que dá acesso à Comunidade do Miau, a partir do Praia Clube. Mais de 70% dos 29,12 km da rodovia já estão asfaltados e a previsão é que a obra seja finalizada no primeiro semestre de 2025. O investimento na obra é de R$ 38,6 milhões.
Na região vivem, aproximadamente, mil famílias, com forte produção da agricultura familiar. A obra, que é esperada desde 1990, também irá beneficiar os moradores da Gleba Rio Vermelho, que poderão chegar a Rondonópolis por uma via asfaltada.
O secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, ressaltou que o governador Mauro Mendes assumiu o compromisso de realização dessas obras, que agora já estão sendo utilizadas pela população de Rondonópolis e região.
“O Governo tem importantes investimentos em Rondonópolis. Além dessas rodovias, entregamos a ponte e o acesso da avenida W-11, fizemos convênios para recuperar o asfalto do Distrito Industrial. São obras que melhoram a vida da população e fortalecem o desenvolvimento da região”, concluiu.
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.